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Qual é a forma mais correta de conservar o leite materno?

João Rodrigues por João Rodrigues
Maio 10, 2020
em Artigos dos Especialistas, Nutrição
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Home Artigos dos Especialistas
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Quando uma mãe está a amamentar, por vezes retira leite e guarda-o para dar depois ao bebé. Nesses casos é fundamental saber como guardar o leite materno, para que o mesmo preserve ao máximo as suas propriedades biológicas e nutricionais. A forma de conservar o leite materno depende, essencialmente do tempo de armazenamento pretendido. Ou seja, se o leite for dado ao bebé uns dias depois, terá obrigatoriamente que ser conservado de forma diferente do que se for dado ao bebé umas horas depois de ter sido extraído. Em relação à conservação propriamente dita, o leite deve ser armazenado a uma temperatura adequada, e num recipiente adequado. Apesar de quanto maior for o tempo de armazenamento, menor ser o teor em antioxidantes e vitaminas do leite materno, se o mesmo for corretamente armazenado continua a ter mais benefícios do que as fórmulas comerciais (“leites de lata”).

 

A forma mais simples de guardar o leite materno é à temperatura ambiente. Se por um lado a ausência de alterações significativas de temperatura tende a preservar melhor a composição bioquímica do leite, por outro lado também aumenta o risco de contaminação, uma vez que temperaturas próximas da temperatura ambiente tendem a favorecer o crescimento de bactérias e fungos. Se esta situação já é suficientemente importante com qualquer alimento, com o leite materno é ainda mais! Por isso o armazenamento à temperatura ambiente normalmente não é o mais indicado, a não ser que o leite seja consumido num intervalo de tempo curto, eu diria, de, no máximo até 3-4 horas (o ideal é que seja consumido na primeira hora após a extração), ainda que este valor, como é óbvio, dependa da temperatura ambiente.

 

Se o leite for dado ao bebé num prazo máximo de até 7 dias, então pode armazená-lo no frigorífico, tendo sempre a preocupação de escolher os locais mais frios do frigorífico (prateleiras de baixo). De qualquer das formas, o ideal seria que o leite não ficasse no frigorífico mais do que 3-4 dias…

 

Se o objetivo for ter leite armazenado para dar ao bebé num período maior, até 3-4 meses, então a melhor opção é congelá-lo e guardar os recipientes o mais afastado possível da porta, para evitar alterações de temperatura sempre que a porta do congelador é aberta.

 

Em relação ao recipiente para armazenar o leite, atualmente existem no mercado muitas soluções diferentes, sendo que, na minha opinião, a melhor opção são os recipientes de vidro. Apresentam como principal vantagem o facto de o vidro ser um material completamente inerte, pelo que não se corre o risco de haver a libertação de algum componente para o leite. No entanto, como é um material frágil e quebradiço, torna-se uma opção pouco cómoda, principalmente quando o leite tem que ser transportado para outro local. Nesses casos, os recipientes de plástico podem ser uma boa opção, ainda que haja um aspeto que tem que ser valorizado na altura de os escolher. Deve sempre optar por recipientes sem bisfenol-A (muitas vezes referido com a sigla BPA), uma vez que se sabe que esse composto é potencialmente tóxico para o ser humano. Os recipientes mais rígidos acabam por ser mais resistentes do que os sacos, ainda que em termos de arrumação, os segundos sejam melhores. Em qualquer um dos casos, os recipientes escolhidos devem garantir um fecho hermético, ou seja, uma ausência de contacto do leite com o meio externo.

 

Uma dúvida muito frequente, quando se fala em armazenar o leite materno, está relacionada com a quantidade que deve ser armazenada. Não há regras muito rígidas sobre este assunto, mas atualmente acredita-se que o ideal é armazenar a menor quantidade que o bebé costuma ingerir (eu sei que por vezes não é fácil ter a noção do que o bebé costuma beber, mas basta utilizar o seu bom senso na escolha de um volume adequado). Mais vale ter que aquecer duas doses, do que desperdiçar um bocado de uma dose. Normalmente armazena-se 60-90 mL no caso de bebés com até 1 mês de idade, e no caso de bebés com 1-6 meses, esse volume sobe para os 90-150 mL. Mas é como lhe digo, isto são valores muito subjetivos, pois dependem muito das características de cada bebé… Além disso não se esqueça que o leite congelado ocupa mais volume do que o descongelado, por isso não encha o recipiente até cima. Verifique sempre se o recipiente ficou bem fechado, para evitar perdas, contaminações, e alterações do cheiro e do sabor do leite.

 

Por último, não se esqueça nunca de marcar os recipientes que armazena, com a data da extração do leite e, eventualmente, o nome do bebé ou da mãe, caso esse leite seja dado, por exemplo, numa creche ou numa ama. Utilize sempre os leites mais antigos, de forma a garantir que nunca excede a duração máxima de armazenamento.

 

Em relação à utilização do leite materno armazenado, este deve ser sempre aquecido em banho-maria com água morna (não o deve aquecer com água muito quente nem com o microondas, pois além de correr o risco de queimar o bebé, também acelera as perdas nutricionais do leite). Antes de o dar ao bebé, certifique-se que a temperatura é a adequada, testando na mão. NUNCA avalie a temperatura do leite com base apenas na temperatura do recipiente!!!! Se o leite tiver estado congelado, deixe-o a descongelar de um dia para o outro no frigorífico. Muitas vezes observa-se uma camada superficial de gordura no leite, após descongelamento/aquecimento. Não se preocupe, é normal. A única coisa que precisa de fazer nestes casos é misturar bem antes de dar ao bebé (evite agitar com muita força, pois forma-se espuma que depois pode aumentar a acumulação de gases na barriga do bebé).

 

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João Rodrigues

João Rodrigues

João Rodrigues é licenciado em Ciências da Nutrição, licenciado em Bioquímica, e doutorado em Ciências Biomédicas. É docente do ensino superior na Universidade do Porto, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo e no Instituto Politécnico do Porto. É autor de algumas dezenas de artigos científicos em revistas internacionais e de mais de uma centena de apresentações em congressos científicos. É autor do blog Mundo da Nutrição onde publica dicas, estudos recentes e receitas da sua autoria, com o objetivo de tornar a nutrição acessível e descomplicada. É ainda autor da rubrica “Dicas de Nutrição”, que passa diariamente na Rádio Geice (rádio de Viana do Castelo).

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