Não é fácil abordar este tema da forma resumida como costumo fazer aqui no blogue, mas vou tentar.
A paralisia cerebral é uma alteração neurológica que obedece a dois pressupostos:
- a lesão cerebral que lhe dá origem não progride com o tempo, ou seja, é estática
- tem que haver, obrigatoriamente, um atingimento motor (movimentos e/ou postura), embora possam também surgir manifestações de outros tipos
Trata-se de uma situação que tem uma conotação muito “pesada” para os pais, pelo que se torna imprescindível esclarecer alguns aspectos.
Nem sempre se consegue diagnosticar logo ao nascimento, excepto em casos muito graves, porque muitas vezes os sinais vão surgindo apenas ao fim de alguns meses de vida, conforme o bebé se vai desenvolvendo e dando mais “pistas”.Um conceito fundamental a reter é que a paralisia cerebral não tem, obrigatoriamente, que ser muito grave. Há muitos casos em que as manifestações são ligeiras e é possível uma vida perfeitamente autónoma e sem grandes restrições. No entanto, há também casos em que o quadro é mais complexo, o que limita as aquisições das crianças em termos de desenvolvimento.
O tratamento passa pela intervenção multidisciplinar, com múltiplas terapias (ajustadas a cada caso) e, independentemente do “rótulo” ou do diagnóstico de certeza da causa da paralisia cerebral, o mais importante é sempre tentar iniciar a intervenção e estimulação o mais precocemente possível.
Por fim, gostaria apenas de realçar que mesmo os meninos com atraso de desenvolvimento têm metas a atingir e têm as suas conquistas diárias, tal como todas as crianças.
O ritmo pode não ser o mesmo e as metas também não, mas devemos sempre zelar para que todas as crianças continuem a progredir no seu desenvolvimento, da melhor forma possível.












