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As terríveis birras – o que fazer?

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Janeiro 23, 2015
em Conselhos
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Home Conselhos
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Ib-u-ron

O que são e porque surgem?

 

As birras são uma manifestação de desagrado, que geralmente surge quando uma criança se sente “frustrada” por não conseguir atingir determinado objectivo, seja porque é incapaz de o fazer ou então, mais frequentemente, porque é contrariada. São uma espécie de “teatro”, que servem para a criança manifestar publicamente que está descontente e que, como tal, só funciona bem quando tem espectadores. É por esse motivo que muitas vezes as crianças decidem fazê-las em locais públicos, como quando se tem convidados em casa, quando se está num restaurante ou então num shopping ou hipermercado. Tem como objectivo tentar arranjar “aliados”, aproveitando a fragilidade dos pais quando estão expostos a outras pessoas.

 

A idade de início é bastante variável mas, de um modo geral, começam a surgir por volta dos 15 meses, quando a criança começa a ter alguma capacidade de entendimento, mas pouca capacidade de se expressar. Provavelmente este desequilíbrio entre o que a criança entende (que nesta idade e já bastante) e o que fala (muito pouco ou quase nada) é um dos principais factores que despoleta este tipo de manifestação. Para além disso, é também uma idade em que a criança vai adquirindo progressivamente mais autonomia, não tendo propriamente verdadeira capacidade para a gerir. Todas estas mudanças no desenvolvimento vão fazer com que as crianças se sintam defraudadas muitas vezes nas suas expectativas, surgindo a birra.

 

Quanto à idade em que terminam, ela não existe propriamente. Eu diria que até aos 3-4 anos e sempre a “piorar” e a partir daí vai melhorando muito lentamente. Depende sempre de cada criança, mas isso vai estar muito relacionado com a capacidade de expressão, negociação e persuasão de cada um…

 

O que fazer?

 

Como expliquei acima, as birras são um “teatro”, pelo que só funcionam bem quando têm gente a assistir. Por esse motivo, a melhor forma de lidar com elas é mesmo ignorar, sempre que seja possível. Obviamente, tem que se garantir a segurança da criança, mas o ideal é deixá-la sozinha quando está a fazer uma birra, explicando claramente “Estás a fazer uma birra, portanto vou sair daqui. Quando acabares eu volto”. E isto implica que os pais saiam mesmo daquele local… O que vai acontecer é que numa primeira fase a criança vai berrar mais alto para chamar a atenção é a seguir pára.

 

Outra opção é tentar distrair a atenção, reforçando outra coisa qualquer que a criança goste, mas geralmente isso só funciona quando as crianças são pequenas.

 

Por fim, pode-se tentar também dar um abraço à criança e explicar-lhe que se gosta muito dela, mas isso não costuma ser muito fácil durante uma birra, seja porque a criança não deixa, seja porque os pais estão zangados naquele momento. É uma boa ideia, mas parece-me mais teoria do que prática. O que eu acho que funciona melhor é falar sobre a birra depois de ela ter acabado, para ouvir o que a criança tem a dizer e explicar-lhe a nossa opinião sobre o assunto, tentando prevenir novas situações.

 

No entanto, para além disto tudo, o mais importante é mesmo encontrar um equilíbrio entre este tipo de comportamento e o carinho e afecto que deve ser dado a todas as crianças. É fundamental que elas se sintam amadas e acarinhadas, porque só assim elas crescem felizes, seguras e tranquilas. Por isso, nunca é demais dar um afecto a uma criança, seja um beijo, um colo, uma brincadeira, umas cócegas ou outra coisa qualquer. Se nós fizermos isso frequentemente, elas percebem bem quando estamos desagradados com o comportamento delas e isso vai fazer com que pensem “duas vezes” antes de nos confrontar. Na minha opinião, não existe limite para as manifestações de amor para as crianças, nem é possível “estragá-las com mimo”, porque o mimo nunca é demais. Devemos repetir muitas vezes aos nossos filhos que gostamos muito deles, mesmo que eles digam com ar de “frete” que já sabem.

 

Eles precisam dessa segurança…

Tags: Conselhos
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Hugo Rodrigues

Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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