A pele atópica (ou dermatite atópica) é talvez o problema de pele mais frequente em bebés, a par da dermatite das fraldas e da crosta láctea. Sendo assim, importa explicar porque surge e como se pode tratar e, de preferência, prevenir. Basicamente, a pele atópica diz respeito a uma pele que tem dificuldade em manter água no seu interior, o que dificulta o seu papel enquanto barreira. Em situações de crise, pode ficar inflamada, vermelha e seca (a descamar). No fundo, estamos a falar de uma pele que tem tendência a desenvolver os chamados eczemas, de que a maior parte das pessoas já ouviu falar. Nos bebés pequenos essas alterações são mais evidentes na face (as clássicas bochechas vermelhas e ásperas no inverno), mas podem surgir em qualquer parte do corpo. Com o passar do tempo, a tendência é para as lesões se localizarem principalmente nas pregas (cotovelos e joelhos, por exemplo).
As causas da dermatite atópica não são bem conhecidas. Se quisermos ser perfecionistas, o termo pele atópica nem sempre é o mais correto, pois atopia significa alergia e a maior parte das crianças não tem verdadeiramente alergias. Tem é uma pele sensível e reativa, que vai responder aos estímulos com zonas de inflamação. A maioria dos casos desaparece nos primeiros anos de vida (geralmente até aos 5 anos), sem nenhum tipo de consequência posterior. Não há forma nenhuma de prever quais vão ser os casos que vão desaparecer e quais os que vão evoluir, mas a história familiar de alergia em pais ou irmãos é um fator de risco para a sua manutenção.