A primeira situação é procurar ajuda médica.
De qualquer forma, é fundamental reforçar a ideia de que a tristeza é normal e não deve ser motivo de preocupação, excepto quando desproporcionada ou se surgir sem razão e nesses casos faz todo o sentido os pais procurarem ajuda com o médico assistente dos filhos. A maior parte das vezes basta ouvir o que se passa para se conseguir chegar a um diagnóstico, mas por vezes pode ser necessário fazer algum tipo de avaliação física ou então exames para excluir outras causas para o que se está a passar. Daí a importância de ir a uma consulta…
Depois de ser feito o diagnóstico, é importante perceber que o tratamento pode ter diferentes componentes, nomeadamente a utilização de medicamentos, o apoio psicológico e o suporte familiar/social. O sucesso depende fundamentalmente desta articulação entre todos os componentes, porque não há nenhum que funcione só por si ou que seja claramente melhor do que os outros.
É importante também perceber que estas situações não se tratam “de um dia para o outro” e que geralmente demoram alguns meses até resolverem completamente. Para além disso, o próprio tratamento deve ser mantido durante algum tempo após desaparecerem as queixas, precisamente para “repôr” os níveis dos neurotransmissores que estavam em falta e dar alguma reserva para o futuro.
Apesar de tudo isto, o risco de recaída é grande, podendo chegar aos 50% nos adolescentes e mesmo aos 70% nas crianças.