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As crianças e os ecrãs

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Abril 3, 2019
em Conselhos
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Home Conselhos
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Hoje em dia vivemos rodeados pelas chamadas “novas tecnologias” e isso reflete-se, como é lógico, também nas nossas crianças. Este é um problema real, cuja verdadeira dimensão atravessa o presente para esbarrar num futuro cheio de incertezas, tantas são as dúvidas que se levantam com a inundação tecnológica a que todos nós estamos sujeitos.

É precisamente por esse motivo que, na minha opinião, vale a pena parar um pouco e refletir no que sabemos atualmente sobre este assunto, particularmente em relação ao uso das novas tecnologias por crianças pequenas. É hoje em dia mais ou menos consensual que as crianças com menos de dois anos de idade não devem contactar com os chamados “ecrãs” (televisão, telemóvel, tablet, computador, …). Esta é uma recomendação formal da Academia Americana de Pediatria e de outras sociedades científicas internacionais, mas infelizmente é algo que muitas pessoas desconhecem ou não valorizam. É nos primeiros 2-3 anos de vida que o cérebro mais se desenvolve, pelo que a estimulação adequada neste período é fundamental e deve ser uma prioridade. É por este motivo que devemos perceber o que ensinam as novas tecnologias às nossas crianças. Se pensarmos em termos de orientação espacial, é fácil constatar que o défice dos ecrãs é claro, uma vez que neles a realidade é sempre “espalmada”, a duas dimensões, o que choca claramente com a tridimensionalidade de tudo o que nos rodeia. Por outro lado, a motricidade fina e exploração dos objetos e das suas formas (jogos de encaixe, blocos de construção, puzzles) é algo que também fica em défice nos ecrãs. Por fim (e talvez o aspeto mais importante), não podemos ignorar a vertente anti-social das novas tecnologias, que isolam toda a gente que as utiliza do ambiente em sua volta. A partir dos três anos (talvez até antes?) as crianças devem aprender a socializar e essa vontade e busca pelas outras pessoas tem que ser algo estimulante para eles e que deve ser incentivado desde o nascimento. Eu sei que há muitas crianças que com dois anos já sabem ir ao YouTube buscar os desenhos animados que mais gostam, mas a pergunta é: “OK, mas para que é que serve isso?” Com 2 anos o que é importante é que saiba chutar uma bola, brinque ao faz de conta ou saiba desfrutar de um livro, entre tantas outras atividades. Elas têm muitos anos para se tornarem experts em novas tecnologias e não é por começarem mais tarde que vão deixar de ser capazes.

Claro que as novas tecnologias têm também vantagens e essas devem ser aproveitadas. Há aplicações e jogos que estimulam o raciocínio, que são muito pedagógicos e uma fonte de diversão e prazer. Mas, tal como tudo, devem ser utilizados com conta, peso e medida e, acima de tudo, nas idades certas. Este último é o aspeto mais importante, pois volto a reforçar a ideia de que antes dos 2-3 anos as crianças não precisam desse tipo de estimulação, uma vez que até essa idade os “brinquedos” das crianças devem ser os adultos.

Por fim, e não menos importante, gostaria de deixar uma palavra também para o uso das novas tecnologias por parte dos adultos, particularmente os pais das nossas crianças. Quem não viu nunca uma mãe a amamentar de telefone na orelha? Se uma das vantagens da amamentação e o reforço do vínculo mãe-bebé, onde entra o telemóvel? E nos restaurantes, quem nunca viu uma família em que estão pai e mãe ao telemóvel e o filho no tablet para estar quieto? (Pior ainda, se pensarmos que esse cenário é o reflexo do dia a dia familiar em casa…) Uma das funções de ser pai ou mãe é ser um bom exemplo, pois os nossos filhos estão constantemente a aprender connosco, com as nossas atitudes e com as nossas decisões. Isso é uma super-responsabilidade a que todos nós estamos sujeitos e que devemos aproveitar bem…

Ninguém sabe qual o reflexo deste uso desenfreado das novas tecnologias no desenvolvimento pessoal e social das nossas crianças, mas ninguém tem dúvidas que ele existe e se vai começar a manifestar consoante elas crescem. O avanço tecnológico acontece a cada segundo, é bom e tem muitas vantagens, mas as nossas crianças não precisam dele desde o berço para serem felizes.

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Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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