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Óculos de sol nas crianças

Augusto Magalhães por Augusto Magalhães
Abril 20, 2019
em Artigos dos Especialistas, Oftalmologia Pediátrica
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Home Artigos dos Especialistas
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Ib-u-ron

A necessidade ou a obrigatoriedade do uso de óculos de sol pelas crianças é um assunto que ciclicamente volta à discussão pública, sobretudo quando o Verão se aproxima.
As crianças são seres em desenvolvimento, que têm uma expectativa de vida grande. Por esse motivo qualquer agressão do meio ambiente terá repercussões de maior dimensão. Daqui decorre uma importância acrescida no que diz respeito aos aspectos relacionados com a prevenção.

 

Radiação solar

 

Primeiramente é necessário saber o que está em causa relativamente à protecção dos olhos.
A luz solar ou radiação solar é composta por variados componentes entre os quais as radiações ultra-violetas (UV) que se situam no espectro luminoso num dos extremos da luz visível. Estes raios UV são aqueles que maiores danos podem provocar no aparelho visual.

 

Efeitos da radiação solar no aparelho visual

 

Os efeitos deletérios provocados pelas radiações UV são o que verdadeiramente está em causa quando se fala da exposição ao sol. Dependem por um lado da intensidade da radiação, definida pelo índice de radiação UV (programa ambiental das NU e organização meteorológica mundial) e por outro lado do tempo de exposição.
Quais são então as lesões oculares relacionadas com a radiação UV?
É necessário distinguir as lesões imediatas (agudas) provocadas pelas radiações, daquelas a que aparecem a médio e longo prazo.
As lesões agudas compreendem as queimaduras palpebrais e as lesões da córnea que têm a designação de fotoceratite. A fotoceratite provoca dor, que pode ser intensa sobretudo na presença de luz e diminuição da acuidade visual que felizmente é transitória.
Das lesões relacionadas com as radiações a longo prazo destacam-se as alterações da transparência do cristalino – cataratas (provocadas sobretudo pelos UV-B e UV-A), e a degenerescência macular ligada à idade, uma doença que atinge a porção mais central da retina e que pode conduzir à cegueira.

 

O que se pretende de uns óculos de sol

 

Antes de mais é necessário saber o que se espera de uns óculos de sol. A maioria das pessoas usa óculos escuros para melhorar o conforto visual na presença de luz solar. Embora este aspecto seja muito importante, o principal objectivo para o uso de óculos escuros, deve ser a sua capacidade de proteger a criança das radiações nocivas ao aparelho visual; devem filtrar 100% das radiações ultra-violetas (UV-A, UV-B e UV-C) e se possível devem filtrar a porção azul da luz visível.

 

A partir de que idade podem ou devem as crianças usar óculos escuros?

 

As crianças podem usar óculos de sol em qualquer idade. É boa regra fazê-lo somente a partir do momento em que consigam o seu manuseamento de forma autónoma.
A protecção relativamente à radiação solar tem importância apenas a partir da idade em que a criança adopta um estilo de vida que lhe traz maior exposição, ou seja quando começa a ter actividades ao ar livre.
A protecção ocular com lentes de protecção solar é importante sobretudo:
– Nos dias de maior índice UV
– Durante os períodos do dia em que a radiação é mais intensa (10 às 15)
– Nos locais de maior exposição: grandes altitudes (montanha) e superfícies muito reflectoras (neve e grandes superfícies de água)

 

Critérios de escolha para os de óculos de sol do seu  filho

 

O critério mais importante é a qualidade, que nem sempre é compatível com a tendência da moda.
Os pais devem certificar-se de vários aspectos relacionados com as lentes solares:
1. Filtração de 99-100% da radiação abaixo dos 400 nm (toda a radiação UV). Se possível as lente devem ainda filtrar a radiação entre os 400 e os 500 nm (luz azul).
2. As lentes devem ter boa qualidade óptica para evitar a distorção das imagens.
3. Devem ter uma coloração capaz de proporcionar conforto na presença de luz, mas não devem ser demasiado escuras para não adulterarem as cores naturais dos objectos e/ou a acuidade visual. Não se deve confundir a intensidade da cor com a capacidade de filtrar a radiação nociva para o aparelho visual.
A escala de cores oscila entre 0 e 4. Para as condições de luz em Portugal, deve escolher-se uma coloração 2-3. Só em situações especiais se deve optar por uma lente mais escura.
Deve dar-se preferência à cor cinzenta ou ao castanho (âmbar).
4. A armação e as lentes devem ser robustas. As crianças estão mais sujeitas a traumatismos, e por isso é necessário evitar os riscos relacionados com a fractura das lente e/ou armação. A estrutura dos óculos deve estar livre de bordos ou projecções capazes de provocar traumatismo das estruturas oculares.
5. A estrutura dos óculos deve ser de forma a proteger os olhos e as pálpebras. As armações devem ficar bem ajustadas e devem ter tamanho suficiente para protegerem as pálpebras e impedirem a entrada nos olhos da luz reflectida.

 

Situações especiais em que a protecção é obrigatória!

 

Merecem cuidados especiais de protecção as crianças operadas a catarata, porque não tendo cristalino a quantidade de radiação que passa para a retina está aumentada.
Existem alguns tratamentos que aumentam a sensibilidade dos tecidos oculares à radiação UV. Estes incluem alguns antibióticos como as Sulfonamidas e as tetraciclinas, tratamentos para a psoriase e o vitiligo e alguns antidepressivos e antiepilepticos.
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Augusto Magalhães

Augusto Magalhães

Augusto Magalhães é Oftalmologista, com diferenciação nas áreas da Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo. Desenvolve a sua actividade clínica na Unidade de Oftalmologia Pediátrica do Serviço de Oftalmologia do Hospital de S. João. É membro da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, European Strabismology Association e International Strabismological Association. É também o Delegado Português do European Board of Ophtalmology e da Secção de Oftalmologia da European Union of Medical Specialists. Desempenha ainda a função o Presidente do Colégio de Oftalmologia da Ordem dos Médicos e da Comissão Nacional para a estratégia da saúde da Visão. É o autor e editor do site www.oftalmologia-pediatrica.eu

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