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5 mitos sobre a febre

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Maio 8, 2019
em Doenças
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Home Doenças
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A febre é o principal motivo de consultas urgentes em Pediatria e existe um receio enorme em relação a este sintoma instalado na nossa população. A “fobia da febre” é uma realidade com a qual lidamos diariamente, pelo que importa esclarecer alguns conceitos sobre este sintoma, que se trata apenas de uma manifestação e não de uma doença em si.

A principal causa de febre são as infecções, particularmente as infecções víricas e trata-se de uma defesa do nosso organismo, que visa essencialmente optimizar os mecanismos de combate à infecção e inibir o crescimento e replicação dos microorganismos. O principal problema da febre é o desconforto que provoca, porque grande parte das pessoas sente mal-estar quando a sua temperatura sobe.

Talvez por esse motivo existam tantos receios relativamente à febre… No entanto, muitos deles não têm qualquer fundamento, pelo que é isso mesmo que vou tentar explicar a seguir.

Mito 1 – A temperatura sobe indefinidamente se não for tratada

A temperatura corporal anda sempre em torno de um valor considerado óptimo, que na maior parte das pessoas se situa entre os 36 e os 38ºC. Numa situação de febre, o organismo passa a definir como “normal” um valor mais elevado (39-40ºC) e é por esse motivo que a temperatura sobe e surgem os picos febris.

O que importa saber é que essa subida não acontece sem regra, ou seja, a temperatura não sobe sem parar. Ela atinge, no máximo, os 41-42ºC e depois volta a descer naturalmente, porque esses são já valores que se afastam muito do que o organismo programou. Isto acontece mesmo sem a administração de nenhum medicamento, porque a subida acaba por ser compensada de forma natural por mecanismos que fazem baixar a temperatura corporal.

Mito 2 – Uma temperatura corporal mais elevada significa sempre que a doença é mais grave

O principal indicador de gravidade da doença é o estado geral da criança, principalmente quando baixa a febre. O facto de a temperatura ser mais ou menos elevada depende não só do microorganismo que está a causar a infecção, mas também da forma como o organismo de pessoa reage à situação em si, pelo que é bastante variável. Isso justifica que haja crianças que fazem sistematicamente febres mais “altas” do que outras, mesmo sendo infecções semelhantes e com a mesma gravidade.

Mito 3 – Uma temperatura corporal mais elevada aumenta o risco de convulsões febris

As convulsões febris são um tema que assusta muito os pais mas que, basicamente, representam apenas uma resposta cerebral exagerada ao stress da febre.

Muitas pessoas associam-nas a temperaturas mais elevadas, o que não é verdade. A maior parte das convulsões surge na chamada “subida térmica”, que é o início do pico febril, em que o organismo está ainda a começar a elevar a sua temperatura para combater a infecção. É precisamente por esse motivo que as convulsões surgem habitualmente com temperaturas entre os 38-39ºC e não com temperaturas mais elevadas.

Mito 4 – A temperatura deve sempre descer para valores normais depois de se administrar a medicação

Os antipiréticos funcionam de duas formas: 1) diminuem a subida da temperatura; 2) aceleram a sua descida. No entanto, é importante saber que a sua função não é “boicotar” completamente o pico febril, pelo que a sua acção acaba por ser um pouco limitada. Na maior parte das vezes a temperatura só desce 1-1,5ºC, o que faz com que muitas vezes ela não volte ao seu valor de base (36-38ºC). Isto significa que se uma criança tiver 40ºC e lhe for administrado um antipirético, a sua temperatura pode perfeitamente ficar apenas nos 38,5-39ºC. Isto é uma resposta considerada “normal” e é suposto que aconteça assim. Geralmente o estado geral da criança também melhora, o que significa que está a responder à medicação e esse sim, é o melhor indicador de que a febre está a ceder.

Mito 5 – Dar medicação para a febre pode mascarar o que se passa com a criança

Este é um mito que tem mesmo que ser corrigido.

Em primeiro lugar, importa esclarecer que não é obrigatório “tratar” a febre. Se a criança estiver bem-disposta os antipiréticos são dispensáveis e não é necessário que sejam administrados. A sua principal função é aliviar o desconforto causado pelo pico febril, pelo que é essa a sua grande finalidade.

No entanto, é fundamental realçar também que a sua administração não mascara nem altera o curso normal da doença. É por esse motivo que não faz sentido nenhum não dar um antipirético a uma criança com febre que esteja desconfortável, porque essa atitude só aumenta o seu mal-estar e perturba a observação médica, pelo que não deve ser considerada em nenhum caso.

Estes são apenas 5 dos muitos mitos que existem relacionados com este tema. Apesar de não ser fácil, acho que faz algum sentido que as pessoas vejam a febre como uma manifestação benéfica de doença e que a encarem apenas como isso: um sintoma e não um problema. Só assim vão conseguir ter a tranquilidade que precisam para lidar com uma criança doente.

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Hugo Rodrigues

Hugo Rodrigues

Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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