Como era inevitável, o coronavírus chegou a Portugal. E, se por um lado se percebia que a comunicação social estava claramente à espera deste momento, importa tentar manter a calma e não entrar em pânico nem adoptar medidas impulsivas e pouco adequadas.
Em termos de manifestações clínicas, este vírus tem apresentado um período de incubação que varia entre os 5 e os 14 dias, após o qual podem surgir febre e sintomas respiratórios (tosse seca e dificuldade respiratória). Podem ainda surgir outros sintomas, tais como dor de cabeça, dores musculares e diarreia.
A evolução mais habitual é a recuperação progressiva, mas tem-se observado que cerca de 1 em cada 3 indivíduos afectados desenvolve doença grave.
Em relação às crianças, o que se tem constatado é que estas também são afectadas, mas geralmente desenvolvem menos sintomas e doença mais ligeira, porque aparentemente o seu sistema imunitário reage de forma mais eficaz contra este microorganismo.
Na verdade, os casos mais graves têm surgido em pessoas de maior idade e/ou com doenças de base.
Perante este cenário, o mais importante mesmo é adoptar as medidas correctas de prevenção do contágio, que estão recomendadas pela Direcção-Geral da Saúde. São as seguintes:
- Lave frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos;
- Reforce a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos lhe pareçam sujas;
- Pode também usar, em alternativa para higiene das mãos, uma solução à base de álcool;
- Use lenços de papel (de utilização única) para se assoar;
- Deite os lenços usados num caixote do lixo e lave de seguida as mãos;
- Tussa ou espirre para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos;
- Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias;
- Evite o contacto próximo com pessoas com sintomas respiratórios;
- Em caso de dúvida, ligue para o SNS24 (808242424).
É verdade que esta infecção tem um potencial de disseminação muito grande, mas é nestas situações que é fundamental tentar manter a calma e conhecer bem os procedimentos a adoptar. Se todos fizermos isso e não alinharmos em alarmismos desnecessários, as medidas que estão a ser tomadas vão ajudar a ultrapassar e lidar melhor com este problema, que chegou agora (também) a Portugal.