Este ano está a ser particularmente “difícil” em termos de doenças infantis, o que tem provocado um maior recurso aos serviços de sáude por parte dos pais. Por esse motivo, é importante deixar alguns conselhos gerais, para ajudar a decidir em que situações é que se justifica uma observação médica mais urgente e em que casos é possível aguardar uns dias.
O primeiro aspecto e, provavelmente, o mais importante, prende-se com o estado geral da criança. Na maior parte das vezes, dado o facto da maioria das infeções ser provocada por vírus, ele é bom, principalmente nos momentos em que a criança não tem febre. E isso é algo que deve tranquilizar os pais… É sempre importante reforçar a ideia de que quando as crianças estão bem, a probabilidade de terem uma doença grave é muito baixa!
O segundo aspecto tem a ver com a evolução da doença. Mais uma vez, como a maior parte dos casos é de origem vírica, a duração dos sintomas é mais ou menos previsível (tal como explicado aqui). Isso quer dizer que, conhecendo a evoluçao “típica” da doença, torna-se fácil identificar as situações em que ela não está a conhecer como esperado. E, nesses casos, justifica-se sempre uma observação médica, para tentar perceber se existe alguma causa diferente para o quadro…
Por fim, gostaria também de deixar uma palavra para o risco dos recursos indevidos a um serviço de urgência. Como é lógico, são locais onde a concentração de vírus e outros microorganismos é maior, pelo que a probabilidade de contágio é também mais elevada. Por esse motivo, faz sentido tentar gerir esse risco e recorrer aos serviços de urgência apenas quando necessário, de forma a não expor o seu filho a um risco maior do que a infeção que apresenta!