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Deve-se vacinar as crianças contra a COVID-19?

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Janeiro 9, 2022
em Crónicas
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Ib-u-ron

Este é, sem dúvida, o tema do momento…

Como podem imaginar, tenho sido “bombardeado” com esta questão todos os dias, várias vezes por dia, pelo que chegou o momento de expôr a minha opinião sobre este assunto.

O primeiro aspecto que queria frisar é que, na verdade, esta não é uma vacina profundamente “espetacular”. O ideal seria que prevenisse as infeções e também a contagiosidade, mas o que se observou é que não o faz de forma 100% eficaz. No entanto, ajuda a prevenir a doença grave e também a diminuir a transmissão do vírus, o que são benefícios importantes a ter em conta.

Para além disso, a Agência Europeia do Medicamento atestou a sua segurança para a faixa etária acima dos 5 anos, o que é fundamental também para a discussão.

Assim, para fazer esta avaliação de forma objetiva e imparcial, vou dividir a minha análise nos efeitos da vacina e da doença a curto prazo e a longo prazo.

 

CURTO PRAZO

O nosso conhecimento sobre a COVID-19 permite-nos concluir que as crianças são naturalmente “poupadas” pelo novo coronavírus. Podem apanhar a infeção e fazem-no com alguma frequência, mas a probabilidade de desenvolver doença grave é muito baixa, o que faz com que o risco desta doença, a curto prazo, seja muito reduzido em idade pediátrica.

Relativamente à vacina, os estudos têm demonstrado também que a probabilidade de desenvolver efeitos secundários ou complicações a curto prazo é muito baixa, sendo mais baixa ainda do que a frequência de complicações com o vírus em si.

Assim, percebendo que, a curto prazo, o risco da vacina é mais reduzido do que o da própria COVID-19, e acrescentando os benefícios descritos acima relativamente à prevenção da doença grave é diminuição da contagiosidade, entendo e concordo com a recomendação de vacinar as crianças.

 

LONGO PRAZO

A maior preocupação dos pais tem sido, principalmente, o receio de surgirem efeitos a longo prazo com a administração da vacina. Essa é uma questão perfeitamente legítima e que tem que ser encarada com bom senso e alguma cautela, pelo que importa, mais uma vez, tentar ser imparcial nessa análise.

Como é lógico, ninguém consegue garantir a 100% a segurança da vacina a longo prazo, uma vez que se trata de uma vacina com muito pouco tempo de evolução. No entanto, é importante perceber que se trata de uma vacina muito evoluída do ponto de vista tecnológico, que foi desenvolvida em laboratório com base em pressupostos científicos, o que torna pouco provável o risco de surgirem complicações a longo prazo. Volto a repetir que ninguém pode afirmar que o risco é zero, mas a verdade é que é pouco provável que aconteça algum imprevisto.

Mais uma vez, não podemos analisar a vacina sem analisar também a doença e este é o aspecto que mais tem sido omitido nesta discussão, diria até que de forma estranha. Será que alguém sabe quais são os efeitos a longo prazo do SARS-COV2, mesmo em crianças? Não seria importante avaliar também esse risco quando se discute os efeitos a longo prazo da vacina, para se poder fazer uma verdadeira comparação? A questão é que também ninguém faz ideia se vão surgir ou não complicações a longo prazo com a COVID-19, nem se pode afirmar com certeza que isso não vai acontecer. Este vírus é também novo para nós e estamos a conhecê-lo melhor a cada dia que passa, mas ainda não temos tempo suficiente para atestar a sua “segurança” a longo prazo. É algo completamente imprevisível e, também aqui, penso que a vacina pode ser mais segura, uma vez que foi “desenhada” por cientistas, fazendo com que a probabilidade de algo correr mal seja baixa. Em relação ao vírus, estamos completamente “nas mãos” da Natureza, pelo que a incerteza me parece um pouco maior.

 

 

 

CONCLUSÕES

Face ao exposto acima, entendo a recomendação da DGS em vacinar as crianças e é essa também a minha posição. É verdade que o nosso conhecimento sobre esta vacina ainda não é tão sólido como sobre outras vacinas, uma vez que está a ser construído em tempo real. E é verdade também que a ciência é mutável e, como tal, é passível de mudar à medida que se vai sabendo mais sobre este assunto.

Mas, sendo honesto, perante os dados de que dispomos atualmente esta é, para mim, a melhor opção. Não existe nenhum dado científico suficientemente credível que demonstre o contrário, pelo que todas as pessoas que se opõem à vacinação o fazem baseando-se apenas em opiniões pessoais. É um direito que lhes assiste mas, em ciência, as opiniões pessoais têm muito pouco valor, porque são muito mais falíveis do que os estudos que são desenhados para avaliar a eficácia e segurança das vacinas. Por muito que venham até de pessoas ligadas a esta área…

Como conclusão, gostaria ainda de reforçar a minha ideia de que considero completamente legítimas todas as dúvidas e incertezas dos pais relativamente a este assunto. São dúvidas que mesmo nós, profissionais de saúde, também partilhamos… Mas uma coisa é certa, estamos todos no mesmo barco e não tenho pudor nenhum em afirmar que eu valorizo tanto a saúde das nossas crianças como os seus pais o fazem! E faço-o por ética, por profissionalismo e, acima de tudo, por vocação e dedicação… E é por acreditar nisso que os meus filhos estão vacinados também, mesmo sabendo que existe uma margem de erro, fruto de, pela primeira vez na história, estarmos a construir ciência em tempo real…

 

Sei que é um tema polémico, mas não me podia esconder e deixar de dar a minha opinião. Vemo-nos por aqui e, até lá… fiquem bem!

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Hugo Rodrigues

Hugo Rodrigues

Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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