Nestes dias torna-se inevitável falar do conflito entre a Rússia e a Ucrânia…
Não por ser um tema interessante ou agradável, mas porque se trata de uma triste realidade que, infelizmente (e, diria até, inexplicavelmente!), estamos a viver em pleno século XXI.
Mas, no meio deste verdadeiro bombardeamento de informações ao segundo, importa não nos esquecermos das nossas crianças, que vão ouvindo notícias, opiniões e comentários e podem ficar confusas ou baralhadas com o que vão ouvindo. Por esse motivo, deixo aqui alguns pontos de reflexão, que lhe podem ser úteis:
- Não coloque no seu filho preocupações que ele não tem
Muitos dos receios que todos nós temos perante o cenário atual são receios de adultos, que pouco ou nada preocupam as crianças. Como é lógico, devemos responder a todas as questões que os nossos filhos nos colocam, mas não devemos passar a informação de forma a que eles fiquem demasiado incomodados com situações que não são para a idade deles, tais como a possibilidade de uma guerra a nível mundial ou as repercussões económicas que possam advir deste conflito, por exemplo. Em sentido contrário, não deve também fazer de conta que “não se passa nada”, porque mentir às crianças é sempre a pior opção, causando-lhes insegurança também desnecessária.
- Evite alarmismos
Num contexto como o que estamos a viver, é legítimo ter receio do que possa acontecer, principalmente imaginando “o pior dos cenários”. No entanto, trata-se de um exercício meramente especulativo, que em nada favorece o nosso equilíbrio emocional e que, em relação as crianças, nada lhes acrescenta. Sejamos realistas, mostremos a nossa preocupação, mas não tentemos antecipar problemas que ainda não surgiram. Pelo menos não o devemos fazer com os nossos filhos, que podem encarar (erradamente) essas informações como um risco real e concreto, que lhes vai acontecer a eles e às pessoas que lhes são mais queridas.
- Explique o que se passa
É fundamental que as crianças percebam o que se está a passar. Sente-se com os seus filhos, mostre-lhes um mapa e explique o que está a acontecer, para que eles possam tirar as suas conclusões. Como é lógico, deve adaptar essas explicações à idade e nível de desenvolvimento dos seus filhos, mas é fundamental que eles possam ter ideias concretas sobre este assunto.
- Transmita-lhe confiança
Apesar de se tratar de uma situação delicada, não crie pânico nem medo excessivo nos seus filhos. Explique-lhes que existem países e organizações que estão a tentar defender os princípio certos e que, fruto disso, acredita que a situação vai acabar por se resolver. Pode ainda falar-lhes sobre exemplos anteriores, para que eles percebam que é sempre possível haver uma solução, mesmo que não esteja visível no momento.
- Reforce a importância de defender sempre o valores certos
Este aspecto é fundamental! As crianças precisam de saber que, infelizmente, há sempre quem defenda os princípio errados, tal como está a acontecer com Vladimir Putin. Mas têm que entender também que a força não vale mais do que a justiça e que não faz sentido nenhum subjugar alguém porque é diferente, seja na sua cor, religião, sexualidade ou nacionalidade. As diferenças não nos afastam, completam-nos! E é assim que os nossos filhos devem crescer, com tolerância, bondade, compaixão e integridade. Cada um deles pode mudar o Mundo, se levar no seu coração os valores certos. E o ódio não cabe, nem pode caber lá!
Ajudemos as nossas crianças a crescer de forma positiva, acreditando que o BEM é sempre maior do que o mal, a VERDADE maior do que a mentira, a PAZ maior do que a guerra e o AMOR maior do que o ódio.
E façamos a nossa parte, com bons exemplos, para que eles vejam que, todos juntos, podemos sempre ir mais além!
Vamos ajudar a Ucrânia!
Let’s help Ukraine!
допоможемо україні!