Os bebés são seres iminentemente sensoriais nos primeiros tempos de vida, porque necessitam de conhecer o ambiente onde estão inseridos para se irem desenvolvendo.
No entanto, á medida que aprendem a interagir com esse ambiente, passam progressivamente de seres “sensoriais” a seres “psíquicos”, ou seja, através da construção de uma imagem e uma interpretação de tudo o que os rodeia (pessoas, contextos, espaços físicos, …). Para isso contribuem, claramente, dois fatores fundamentais:
– interiorização das experiências pelas quais vão passando;
– forma e frequência com que se relacionam com os outros.
É fácil compreender que este tipo de desenvolvimentos está, claramente, assente também nas próprias etapas do desenvolvimento psicomotor, conforme explicado previamente e que, também por esse motivo, é extremamente variável, seja no tempo, seja no tipo de evolução que vai ocorrendo.
No entanto, há alguns pilares fundamentais para que se consiga optimizar o desenvolvimento psicoafetivo, nomeadamente os seguintes:
– pessoas de referência, responsáveis pela sensação de segurança;
– aprendizagem do “eu”, passando a criança a conseguir identificar-se individualmente em cada contexto e cada interação;
– desenvolvimento da inteligência emocional, ou seja, a capacidade de identificar em si próprio e nos outros as diferentes emoções, sabendo como as despertar também;
– construção de uma auto-estima robusta e capaz de ajudar também na superação de si próprio e dos desafios que vão surgindo.