Está a chegar a Páscoa e esta é, por norma, uma altura em que as crianças recebem muitos chocolates e, claro, acabam por cometer mais “erros” alimentares.
Por esse motivo, parece-me um assunto que merece uma atenção particular, pelo que deixo aqui alguns pontos para refletir:
- As crianças só sentem falta do que conhecem
Isto é óbvio… É normal que uma criança pequena tenha curiosidade se vir alguém a comer algo que parece bom, mas se nunca comeu chocolate, não vai propriamente sentir a sua falta. A questão é que, depois de experimentar, nunca mais se volta atrasa, pelo que é importante ter noção de que não deve haver pressas para introduzir este tipo de alimentos no dia-a-dia alimentar das crianças, particularmente se forem pequenas.
- As crianças não gostam mais de alguém só porque lhes dá mais chocolates
Todas as pessoas gostam de dar às crianças o que ela mais gostam, sejam alimentos, brinquedos ou outra coisa qualquer. No entanto, é importante ter presente que não é por isso que as crianças vão gostar mais ou menos dos adultos. A envolvência emocional, a atenção genuína e o tempo de qualidade são aspetos bem mais importantes de ter sempre presentes.
- É fundamental ter em atenção a quantidade
Como é lógico, é diferente comer um ovo de chocolate ou três ovos, por exemplo. Por isso mesmo, é importante ter sempre a noção, também aqui, de que muitas vezes, “menos é mais”.
- Não deve haver fundamentalismos
Não sou nada fundamentalista e também aqui acho que deve haver alguma maleabilidade. Diria que, no mínimo até aos 2 anos não há necessidade nenhuma de dar chocolate às crianças. A verdade é que depois também não há, mas é algo que vai acabar naturalmente por acontecer. Por isso, mais vale dar espaço a um pouco, de forma controlada, do que restringir de forma muito “radical” e depois ter o efeito oposto, do excesso mal haja mais “liberdade”. Por isso reforço a ideia de que não deve haver fundamentalismos, mas como é lógico, deve imperar o bom- senso!
Em jeito de conclusão, diria que o chocolate vai sempre fazer parte da vida das crianças em algum momento, pelo que não há pressa em acelerar esse processo. De qualquer forma, é fundamental ter em atenção as quantidades e não esquecer que a Páscoa (ou outra festa qualquer) não deve ser uma desculpa para que o disparate seja completo. Como em tudo na vida, é importante manter o bom-senso…