Este é um tópico bastante interessante, porque levanta muitas dúvidas aos pais. O conceito de fazer análises “de rotina”, só para confirmar que “está tudo bem” é muito discutível, principalmente por dois grandes motivos:
- A probabilidade de encontrar alterações nas análises é elevada
Há estudos que dizem que, se qualquer pessoa fizer análises, a probabilidade de ter valores alterados é de cerca de 20%, ou seja, 1 em cada 5 resultados estará, em média, fora do esperado, o que é uma percentagem muito elevada.
- A probabilidade dessas alterações terem significado é muito baixa
Esta é a questão mais importante… Apesar de ser frequente encontrar valores alterados, a verdade é que, na ausência de sintomas ou alterações na observação médica, a probabilidade desse achado ter algum significado é muito reduzida, ou seja, acaba por ser criar um problema onde ele não existe.
Por estes motivos, as recomendações para realizar análises em idade pediátrica são as seguintes:
- Na ausência de suspeita de algum tipo de doença ou de história familiar de risco para doença cardíaca
- deve ser feito um primeiro rastreio geral entre os 11 e os 13 anos
- pode ser feito numa idade prévia, se for necessário colher sangue por outro motivo
- se estiver tudo bem, só se justifica repetir depois dos 20 anos
- Se houver fatores de risco para doença cardíaca
- deve ser feito um primeiro rastreio antes da adolescência
- a idade de deve ser definida caso a caso