Quando falamos da relação entre adultos e crianças, falamos de uma relação onde a responsabilidade das decisões se encontra dividida de forma desigual, sendo muito maior para os adultos do que para as crianças. Talvez por isso, a maior parte dos adultos acaba por estar constantemente a dar ordens, muitas vezes sem se aperceber verdadeiramente disso (“anda cá”, “pára quiet@”, “espera um bocado”, …).
Sabia que há estudos que dizem que, em média, cada adulto dá cerca de 12 ordens por hora a uma criança? E agora eu pergunto: será que alguém acha que é possível obedecer a essa verdadeira avalanche de ordens?
Com esta informação, a minha sugestão é a seguinte: tente aperceber-se se se encontra nesta média e, sempre que possível, tente reduzir um pouco as ordens que dá. Há situações que não são negociáveis, particularmente as que envolvem a segurança do seu filh@, mas todos nós damos ordens a mais. E se conseguirmos diminuir um pouco esse número, vamos fomentar a espontaneidade e autonomização das crianças, que são aspetos importantíssimos para o seu desenvolvimento!