As dores de barriga em crianças são sempre um desafio para os pais, e também para os médicos. Podem ser uma estratégia para conseguir algo, como não comer algum alimento, mas podem traduzir algum problema real.
É importante tentar perceber quando valorizar as queixas:
- Idade da criança. Embora seja falível, de um modo geral, quanto mais pequena for a criança, maior é a probabilidade de a dor ser verdadeira.
- Localização. Na maior parte das vezes, as crianças localizam a dor na região do umbigo. Por esse motivo, quanto mais afastada do umbigo for a dor, maior é a probabilidade de haver algum problema real a causá-la.
- Tipo de dor. É sempre importante perceber se a dor é persistente ou se há momentos em que melhora e outros em que agrava. Habitualmente, o primeiro tipo implica uma observação mais atenta do que o segundo.
- Interferência com o sono. Se uma dor acorda a criança, deve ser valorizada e avaliada.
- Interferência com as actividades diárias. Sempre que uma criança pára de brincar por se queixar com dores deve ser levada a sério. É um sinal de alarme relevante.
- Associação a outros sintomas. Uma dor de barriga sem mais nenhum sintoma é, geralmente, menos preocupante. No entanto, se estiver associada a emagrecimento, vómitos, diarreia, sangue nas fezes ou palidez da pele deve implicar uma observação médica.