Quase todas as crianças acabam por ter, em alguma fase da sua vida, uns “talinhos” ou “carocinhos” no pescoço.
Apesar de ser algo que assusta bastante os pais (com medo que se trate de uma leucemia ou outra doença grave), a maior parte das vezes não tem significado nenhum e é mesmo uma manifestação normal, que significa que o organismo está a funcionar como deve.
Todos nós (e as crianças também) temos no pescoço e em outros locais do corpo umas estruturas que se chamam gânglios linfáticos. Na verdade, são estruturas de defesa que servem apara ajudar a combater as infecções e que estão situados nos locais em que há mais probabilidade de virem a ser úteis. Um desses locais é o pescoço e é por isso que se notam sempre esses gânglios quando as crianças estão constipadas, com uma amigdalite, uma otite ou outras infecções do género. Significa que o organismo está a combater a infecção e, por esse motivo, é uma resposta considerada “normal”.
No entanto, há algumas situações em que nem sempre é assim, pelo que convém conhecer quais os sinais de alarme, que implicam uma observação médica cuidada e atempada e que são os seguintes:
- gânglios com mais de 1cm de tamanho no pescoço ou mais de 1,5cm nas virilhas ou axilas
- gânglios muito duros (tipo “pedra) ou que estão aderentes à pele ou aos tecidos mais profundos
- gânglios que crescem muito rapidamente em pouco tempo
- gânglios palpáveis em mais do que uma das zonas habituas (pescoço, axilas e virilhas) ao mesmo tempo
- associação a emgrecimento, mal-estar geral, sangramento frequente das gengivas ou de outros locais, infecções de repetição ou cansaço fácil
Posto isto, volto a reforçar que a maioria das vezes os gânglios aumentam como resposta a doenças pouco graves e frequentes. No entanto, há algumas excepções, que geralmente se manifestam com os sinais de alarme que enumerei acima, pelo que é importante estar atento à sua presença.