Estamos todos empenhados em sermos melhores pais e já sabemos que, para isso, temos de saber mais sobre os nossos filhos mas também, e muito importante, sobre nós próprios. Os filhos que fomos, os pais que vivem dentro de nós e de como tudo isso se mistura na pessoa e no/a pai/mãe que somos hoje. Queremos conhecer os nossos filhos, as suas alegrias e tristezas mas, por vezes, parece que isso se tem traduzido numa espécie de anestesia à palavra Não. Perto dos 18 meses assistimos ao não afirmativo deles com a cabeça. Abanam a cabeça e dizem-nos que não querem aquilo, com a convicção de quem manda no seu mundo [Esta é a primeira vez que representam uma palavra através de um símbolo.] A consciência [do Não] é percebida e passam, nesta fase, a perceber que há um julgamento nas nossas ações. Assim, já sabem que dizemos que não porque julgamos algo como negativo. Resta-nos, então, a mais nobre tarefa: explicar o porquê (Porque os queremos proteger de algo que não lhes faz bem? Porque faz mal à barriga? Porque são horas de dormir?Porque cada um dorme na sua cama assim como cada um tem a sua roupa?…?).
Mas qual é, então, a força, a necessidade, o motivo de dizer não?
- Ajuda a auto-regular emoções mais difíceis;
- Ajuda a valorizar o que já se tem (lembram-se do que escrevi na Gratidão?);
- Faz com que a criança se sinta protegida;
- Ajuda a reconhecer o seu espaço e o espaço dos outros;
- Ajuda a compreender a vida em sociedade;
- Aprende a ganhar e a perder (o sim também um lugar seguro!)
Por isto tudo, é agora tempo de dizer: sempre que o não é explicado, justo e compreendido… é um Lugar Seguro.
Não, porque Te Amo.
Até já*