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A viagem do testículo mal descido

João M. Pinto por João M. Pinto
Maio 20, 2019
em Artigos dos Especialistas, Cirurgia Pediátrica
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Home Artigos dos Especialistas
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Ib-u-ron

Os testículos dos meninos nascem dentro da barriga e têm que percorrer um longo caminho até às respectivas bolsinhas. É um percurso que é feito através de um canal na virilha, chamado canal inguinal, mais propriamente dentro de uma bainha muito fina (o canal peritoneo-vaginal). 3% dos meninos não têm um dos testículos (ou os dois) completamente descido ao nascimento, isto é, sofrem de criptorquidia (= testículo escondido) ou testículo não descido (undescendent testis). Até aos 9-12 meses de idade, o testículo pode ainda descer, pelo que pelo ano de idade, apenas 1% dos lactentes terão criptorquidia. Até esta idade o testículo deverá ser corrigido cirurgicamente, porque o testículo poderá sofrer alterações, tornando-se infértil ou (a muito longo prazo) dar origem a um tumor maligno. A cirurgia chama-se orquidopexia (= fixação do testículo) e está recomendada fazer entre os 6 e os 12 meses de idade.

 

[fonte: rch.org.au]

 

Normalmente, a bainha do canal inguinal por onde desce o testículo fecha por altura do nascimento, no entanto ela persiste aberta nos casos do testículo não descido. Para além da fixação do testículo é necessário encerrar esta persistência do canal peritoneo-vaginal, pois, para além de limitar o movimento do testículo, pode condicionar o aparecimento de uma hérnia, ou seja, uma porção do intestino pode ‘prender’ dentro deste canal. É por esta razão que na reparação cirúrgica do testículo não descido (orquidopexia), existirão sempre pontos no escroto e na região inguinal (virilha). Falei já das hérnias (ou forças como já muitas vezes ouvi chamarem-lhes) num texto anterior.

 

Mas existem casos em que o testículo não se encontra. São os chamados testículos impalpáveis, pois não se palpam nos testículos, nem no canal inguinal. Nestes casos, é provável que o cirurgião pediátrico sugira uma laparoscopia diagnóstica, isto é, a introdução de uma câmara de vídeo pelo umbigo para procurar o testículo desaparecido.  Encontrando-se, ele terá que ser fixo na bolsa escrotal (em uma ou duas cirurgias). Casos há em que o testículo não se formou ou atrofiou durante a descida. Nestes casos, colocar-se-á uma prótese pelo efeito estético.
Existe uma entidade bem mais frequente que a criptorquidia. É muitas vezes confundida com esta, mas raramente precisa de cirurgia. Trata-se do testículo retráctil. Ao contrário do que acontece na criptorquidia, nestes casos o testículo chega à bolsa escrotal, mas foge assim que é estimulado (pelo frio ou pelo toque). Tal deve-se ao reflexo cremastérico – o mesmo que faz com que os testículos ‘mirrem’ quando os pais mergulham na água fria do mar. Qualquer estímulo sensitivo no escroto ou na sua proximidade leva à contracção reflexa do músculo cremáster. Este músculo reveste todo o cordão espermático e o respectivo testículo, sendo responsável pela subida deste. Como ele é pouco desenvolvido até aos 2 anos de idade, é frequente os pais referirem que o menino «já os teve no sítio».
A boa notícia é que a maior parte destes testículos crescerão e voltarão a ficar permanentemente na bolsa, assim que a criança atingir a puberdade. Até lá, é necessária uma vigilância regular, pois alguns deles (7%) deixarão de vir à bolsa. Se cirurgião pediátrico ou o pediatra deixarem de conseguir trazê-lo até ao escroto significa que o testículo ‘retraiu’ (testículo ascendente), pelo que precisa de ser fixado cirurgicamente.
[fonte: Journal of Pediatric Surgery]
Texto adaptado de eosfilhosdosoutros.com
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João M. Pinto

João Moreira Pinto é Médico Cirurgião Pediátrico no Centro Materno-Infantil do Norte. É ainda Professor Auxiliar de Cirurgia no Centro Hospitalar Universitário do Porto e Investigador Doutorado no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Profissioalmente, destaca-se na cirurgia minimamente invasiva (sem cicatriz). É autor do blogue “E os filhos dos outros” (www.eosfilhosdosoutros.com)

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