O afecto é uma necessidade básica para todas as pessoas e particularmente para as crianças. Até aos dois anos as crianças são pouco “verbais”, pelo que precisam de contacto físico para se sentirem seguras. Posteriormente continuam a precisar, mas é nos primeiros tempos de vida que essa necessidade é mais notória.
Para além do contacto e do afecto, outro aspecto que dá segurança às crianças são as regras. São elas que garantem que o mundo funciona de forma “ordenada” e isso fá-las sentir-se mais confiantes, mesmo que por vezes não gostem muito. Assim, a segurança consegue-se essencialmente através do equilíbrio entre estes dois aspectos, que devem sempre andar “de mãos dadas”: o afecto e as regras.
É fundamental que as crianças se sintam permanentemente amadas e acarinhadas, porque só assim elas crescem felizes, seguras e tranquilas. Por isso, nunca é demais dar um afecto a uma criança, seja um beijo, um colo, uma brincadeira ou fazer cócegas, por exemplo. Se isso for feito frequentemente, elas percebem bem quando os pais estão desagradados com o comportamento delas e isso vai fazer com que pensem “duas vezes” antes de os confrontar.
Assim, acredito sinceramente que não devem existir limites para as manifestações genuínas de amor para as crianças, nem é possível “estragá-las com mimo”, porque o mimo nunca é demais (e isso não implica que não haja regras, são coisas bem distintas). Devemos repetir muitas vezes aos nossos filhos que gostamos muito deles, mesmo que eles digam com ar de “frete” que já sabem. Eles precisam (e, no fundo, até gostam) dessa segurança…