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10 dicas para uma amamentação feliz

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Março 5, 2019
em Amamentação
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Home Amamentação
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Não me considero uma pessoa (nem tão pouco um pediatra) “de modas” e gostava de abordar a amamentação sob essa perspetiva. Hoje em dia, há imensas correntes pro-amamentação e isso é claramente positivo, pois não há melhor alimento para os bebés do que o leite materno. No entanto, há situações em que este conceito se tornou quase perverso e a amamentação passou a ser uma imposição e algo praticamente obrigatório. Não é aqui que eu me posiciono, de todo, embora seja um claro defensor da amamentação. Apenas acho que a obrigação deve dar lugar ao prazer e o stress aos sorrisos. Foi precisamente por ter esta convicção que decidi escrever um texto com alguns conselhos para tornar a amamentação um caminho ainda mais feliz.

1 – O leite materno é sempre bom. Esta é uma afirmação completamente verdadeira, pois a ideia de que há leites maternos “fracos” ou “pouco nutritivos” não tem nenhum fundamento do ponto de vista científico. Claro que há situações em que os bebés amamentados nem sempre engordam o que deviam, mas aí é quase sempre uma questão de quantidade, bem mais do que de qualidade do leite materno. Se está a amamentar em exclusivo o seu filho e ele não está a aumentar de peso como devia, deve tentar encontrar estratégias que permitam aumentar a quantidade do seu leite que ele está a beber.

2 – Esqueça as pressões externas. Toda a gente sabe que em Portugal (e nos outros países também, obviamente) há imensos “treinadores de bancada”, cada um com a sua opinião sobre os mais diversos assuntos. E a amamentação não é exceção a essa regra. Em todo o lado, sempre que um bebé chora, há sempre alguém que diz: “Coitadinho, deve ter fome…” Por vezes acertam, mas muitas vezes não, e é importante que as mães e pais possam assumir essa posição. A única forma objetiva de poder saber se o seu filho está a alimentar-se como deve é através da evolução do seu peso.

3 – Tenha uma alimentação saudável, equilibrada e variada. Todas as mães que amamentam vão ouvindo recomendações sobre o que podem ou não comer. Algumas das restrições mais comuns são os citrinos, morangos, mariscos, feijões ou legumes verdes, entre muitas outras. No entanto, o grande problema é que (mais uma vez) não existe suporte científico que sustente esse tipo de afirmações, exceto para as bebidas alcoólicas e para o excesso de cafés. Uma das grandes vantagens do leite materno é ser um alimento dinâmico, que vai mudando a sua constituição e sabor ao longo do tempo, pelo que não faz sentido nenhum “castrar” essa dinâmica. É precisamente por esse motivo que actualmente as recomendações são claras: se está a amamentar pode e deve comer de tudo, sem restrições.

4 – Beba muitos líquidos. A amamentação implica um gasto de água suplementar pelo organismo da mãe e, geralmente, isso é facilmente percetível no aumento da sede que se sente. É por esse facto que se torna imprescindível que as mães que amamentam bebam muitos líquidos, para repor o que gastam e também para dar algumas reservas ao organismo para lidar com as suas necessidades acrescidas.. Quando estiver a amamentar vai sentir mais sede do que habitualmente, mas mesmo que não sinta deve beber muitos líquidos, para aumentar a produção de leite (beber muita água não dilui nem enfraquece o leite materno).

5 – Respeite os sinais de fome e saciedade do seu bebé. Este é um aspeto fundamental na interação mãe-bebé, porque importa sempre reforçar a ideia de que os bebés não choram apenas por fome. O choro é uma forma de comunicação e não implica sempre dar de mamar ao seu filho. Por outro lado, os bebés não mamam sempre da mesma forma, nem com a mesma avidez nem durante o mesmo tempo, e isso tem que ser respeitado. Quando estiver a dar de mamar ao seu filho tente perceber quando é que ele não quer mais, entendendo a sua saciedade. Se não o fizer, ele pode ficar indisposto e desconfortável, o que se deve evitar.

6 – Arrume o relógio. Na amamentação não deve haver regras muito rígidas. Isso quer dizer que as refeições não têm horário fixo (esqueça a norma dos intervalos de 3/3h) nem duração pré-definida. Com o crescimento, geralmente os bebés acabam por encontrar um ritmo mais ou menos regular, mas isso só se consegue com o passar do tempo. Aqui gostaria apenas de deixar um conselho prático para os bebés saudáveis e que evoluem bem de peso, de forma a que a mama não se transforme numa “chupeta”: por rotina, os intervalos entre mamadas não devem ser menores do que duas horas, porque se for assim o estômago nem sequer tem tempo para esvaziar (nem maiores do que 5h no primeiro mês de vida). O seu filho deve mamar sempre que tem fome, indo de encontro à sua vontade e às suas necessidades.

7 – A amamentação é um momento de partilha. Confesso que uma das coisas que mais me incomoda é ver mães a amamentar e a falar ao telemóvel. Uma das (muitas) vantagens da amamentação é fomentar e intensificar o vínculo mãe-bebé, pelo que o telemóvel, televisão, tablet ou outros utensílios do género não entram neste cenário, nem podem entrar. É, por isso, imprescindível encarar cada momento da amamentação como um momento de aprendizagem mútua, sem elementos perturbadores. Quando estiver a dar de mamar ao seu filho esteja inteiramente disponível para ele, sem nenhum tipo de distração.

8 – Não ligue às falsas contra-indicações à amamentação. Hoje em dia são muito poucas as verdadeiras situações que implicam um impedimento ao aleitamento materno. Mesmo em relação à utilização de medicamentos por parte da mãe, os estudos científicos têm demonstrado que são quase todos seguros, pelo que a amamentação pode e deve ser mantida na esmagadora maioria dos casos. Se está a amamentar e necessita de tomar alguma medicação, informe-se bem antes de decidir parar a amamentação, porque provavelmente não necessita de o fazer (fale com o seu médico assistente ou informe-se no site www.e-lactancia.org).

9 – Não deixe a amamentação ser uma obrigação. A amamentação deve ser um prazer e algo que deve ser usufruído em todos os momentos, pelo que é quase criminoso transformá-la numa imposição. Nem sempre corre bem e é fundamental também preparar as mães para isso (e, acima de tudo, estar disponível para ajudar a ultrapassar as dificuldades), muito mais do que utilizar o dogma muitas vezes ouvido que diz: “Vai correr bem de certeza, porque a Natureza desenhou-nos assim”. Esta pressão pode ter boa intenção, mas muitas vezes só aumenta a ansiedade… Aproveite a amamentação em todos os seus aspetos e de forma tranquila e, se algo não estiver a correr como esperado, contacte o seu médico ou enfermeiro para ver como corrigir a situação.

10 – Não deixe o seu bebé passar fome. Esta é talvez a recomendação menos esperada, mas não poderia deixar de a fazer, até porque recentemente temos visto cada vez mais bebés literalmente a passar fome nas primeiras semanas. Na maior parte das vezes a amamentação corre bem, mas quando não corre é preciso encontrar soluções. As primeiras passam geralmente (e muito bem) pela manutenção do leite materno exclusivo, tentando perceber onde estão as dificuldades para corrigir os problemas. No entanto, isso nem sempre é possível, seja porque a amamentação não funciona ou então porque a família não está a mostrar preparação ou disponibilidade emocional para isso. É precisamente nessas alturas que é preciso perceber que pode pontualmente haver alternativas e que por vezes é preciso utilizá-las. Não acho que introduzir outro leite deva ser uma opção imediata (não é um plano B, mas sim um plano C ou D), mas também é importante reforçar a ideia de que não é uma alternativa criminosa. É mesmo o que o nome diz, uma alternativa pronta a ser utilizada de vez em quando, quando a amamentação não resulta (porque, apesar de todos os conselhos que dei acima, por vezes não resulta mesmo). Se o seu filho não evolui bem de peso significa, em princípio, que não se está a alimentar como precisa. Deve, em conjunto com os profissionais de saúde que vos seguem, encontrar estratégias dentro da amamentação exclusiva que permitam aumentar o aporte de leite ao bebé. Se as esgotar todas e não tiver resultados pode ser necessário o recurso a outro leite, mantendo na mesma, sempre que possível, o leite materno.

Termino como comecei, com a convicção inabalável de que o leite materno é sempre o melhor para os bebés e que uma amamentação feliz é “meio caminho andado” para uma família feliz.

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Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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