E pensas tu ‘Só se for no teu filme, porque no meu são birras, é andar a fazer as asneirolas que o primo faz, e é desejar que finalmente voltem à escola.‘
Se pensaste isto tudo, junta-te ao clube. E pega numa taça de chá e senta-te a ler este post sobre como sobreviver ao Natal.
1. Baixa as tuas expectativas
A problema é que, desde que somos pequenos, vendem-nos o Natal como sendo uma época maravilhosa, de paz e amor and so on. Pois… e é. Só que também é verdade que pode ser uma altura de birras, constipações, stresses e frustrações. Por isso baixa as expectativas. Mesmo! É possível que o teu filho fique com uma otite. É possível que se pegue com o primo. É possível que te trate de feia na frente de toda a gente enquanto lhe serves bacalhau com batatas cozidas. É possível que sintas que toda a gente está a olhar para ti. É, é muito possível. Por isso, baixa as expectativas e lembra-te que, embora seja a celebração da família e uma época supostamente mágica, é também uma altura do ano, à semelhança das férias grandes, de grande stress e de ser tudo, menos como nos filmes.
2. Aumenta o vínculo
É frustrante e ficamos triste por passarmos pela altura do Natal com tanta tensão, cansaço e sem realmente termos aproveitado como deveríamos [e até na ansiedade, por vezes, que a escola recomece].
Eu deixei aqui o meu calendário do advento e já num outro post tinha dito que este ano está fora de questão fazer todas as tarefas que lá coloquei. No meu caso é difícil – com um bebé pequenino e que está a aprender a andar não preciso de te contar como é a história, pois não? Então não faz mal. Brincamos com bolas, colocamos música, dançamos. Eu conto as histórias do Natal, desenhamos e estamos juntos.
Sabes, estar ligado à família é isto. É sentirmo-nos bem uns com os outros. Com vontade de estarmos juntos e orgulhosos por pertencermos a este nosso clã. Por isso é que eles dizem que o Natal é quando um homem quiser.
3. Diz que este ano não ofereces prendas
Não digo de todo, como a Rita, mas que decidiste concentrar as prendas nas crianças.
A lista deve ficar muito mais curta. E isso tira-te a canseira de comprar, comprar, comprar.
Eu gostava de ter a coragem de dizer às pessoas que os meus filhos não precisam de nada, mas bem sei que estaria a tirar o prazer de oferecer, a quem oferece.
Mas um dia ganho coragem e digo: se quiseres dar uma prenda de Natal fixe, passa nesta loja. O presente dele está escolhido e podes deixar uma parte [e eu não quero saber se foram 5 euros ou 50]. Um dia será o dia! Era no Natal e nos aniversários. E isso pouparia recebermos coisas que não dão jeito, que não têm significado e que possivelmente ficarão arrumadas a um canto.
Não ter de andar às compras é maravilhoso, não achas?
4. Tira férias
Entre o Natal e o Ano Novo, os pais de crianças pequenas deveriam ser obrigados a tirarem férias. É nessa altura que se aproveita mais o Natal, e se desacelera. E se descansa. E ainda há pão doce e bolo rei.
5. Folga aos feriados e fins-de-semana
Se os teus filhos ainda são pequeninos, é natural que não se lembrem de folgar durante o Natal [nem nos outros feriados ou fins-de-semana] – e isso quer dizer que mesmo que te deites tarde, é muito possível que continuem a madrugar. Se der, um dia ficas tu a dormir mais um bocadinho e no outro fica o outro adulto da casa. Se não der, volta ao ponto 4 [põe férias! E procura manter os ritmos do ano todo – com excepções [é Natal!] mas ao ires ao encontro dos ritmos deles, consegues evitar choros de cansaço e excitação
6. Explica-te e explica-lhes
É bom que lhes contes o que vai acontecer e o que é suposto que eles façam. Não lhes peças para se portarem bem que isso é vazio – explica, tim-tim por tim-tim, que tipo de comportamento é que esperas deles. E quando tiveres de os chamar à atenção faz isso de uma forma discreta e nunca humilhante. É mais fácil pegares neles, ires para uma sala tranquila e ajudares a acalmarem-se do que mandares dois berros na frente de toda a gente. Right?
7. Aproveita a tua família
É muito comum os pais que trabalham comigo nas sessões de coaching e até nos workshops dizerem que os avós precisam de coaching. E invariavelmente lá vem, mais cedo ou mais tarde, um caso que se refere à noite de Natal ou a um jantar de família em que a mãe ou o pai os tratou como uma criança e os desautorizou na frente das outras pessoas.
E eu estou convencida que isto, no Natal, vai continuar a acontecer com alguma frequência. Porque, na verdade, é uma memória que está na cabeça dos mais velhos. As pessoas crescem, é verdade. Eu não sei se é da magia do Natal, o que eu sei é que, em termos de relacionamentos, os pais são os pais, e os filhos, continuam a ser os pequeninos, mesmo do alto dos seus 40 anos. Por isso aproveita enquanto são vivos – e neste Natal vê lá se na tua família é assim como disse.
8. Põe as coisas em perspectiva e cada macaco no seu galho
Lembra-te que no final do dia é com eles que vais para casa. Sinceramente, não interessa o que o tia A ou a avó B vai pensar de ti ou dos miúdos. Eles não são os teus filhos. Quem é que é mais importante? Quem é?
E é quando te lembras disto tudo que acontece a magia do Natal!
Estás pronta?
Imprime estes 8 pontos e lê-os antes de ires celebrar o Natal.
Boas festas!