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Importância do Brincar no Sucesso Académico

Marco Leão por Marco Leão
Fevereiro 9, 2020
em Artigos dos Especialistas, Terapia Ocupacional
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Home Artigos dos Especialistas
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Ib-u-ron

Há mais ou menos um ano atrás, saíram resultados das provas de aferição escolar que alertaram pais, educadores e profissionais de saúde.

 

Os resultados concluíam que 40% dos alunos não sabiam saltar à corda nem dar cambalhotas, afirmando ainda que mais de 30% dos alunos revelavam dificuldades em participar em jogos infantis em grupo.

 

A importância destes resultados vai bem para lá do papel da escola na literacia motora. Ter crianças que não sabem usar o seu corpo não é só importante para a educação física ou para a manutenção de um estilo de vida saudável, mas também para o sucesso noutras atividades de vida diária. Por exemplo, a capacidade de usar os dois lados do corpo de forma simultânea e coordenada, é necessária para saltar à corda e jogar à bola, mas também para abotoar uma camisa, amarrar cordões e escrever à mão!

 

O ponto é:
Brincar na infância não é um fim em si mesmo. As crianças não brincam só porque são crianças ou porque querem divertir-se. As crianças brincam, porque é no Brincar que aprendem as relações espaciais, o respeito e interação com os outros e com o mundo e é através do Brincar que desenvolvem competências básicas, de conhecimento e uso do seu próprio corpo, que não podem ser ensinadas à mesa, por cópia ou ditado.

 

Ponto de situação

 

As crianças passam cada vez mais tempo na escola e é importante que todas essas horas possam ser usadas não só para exigir e ensinar em termos académicos, mas também para ajudar as crianças a desenvolverem as competências sensoriomotoras tão necessárias para o seu sucesso académico e no mundo!

 

Apesar disso, assistimos a um decréscimo nas oportunidades e no tempo que as crianças têm para brincar livremente no contexto escolar. Mesmo em jardins de infância, onde o tema brincar deveria estar intrinsecamente presente na aprendizagem e no dia-a-dia das crianças, assistimos a uma pressão constante e cada vez maior no ensino académico, literacia e cálculo, e um afastamento de atividades sensóriomotoras e brincar livre.

 

“Mas eles têm jogos, e a casinha, e blocos que podem construir! O dia-a-dia destas crianças é a brincar” dizia-me uma educadora de uma criança que eu avaliei recentemente.

 

Contudo, a maior parte das vezes, esses jogos não estão lá para que a criança brinque, estão lá para que a criança aprenda! São atividades académicas, mas com uma face lúdica! E, não me interprete mal, não há absolutamente mal nenhum nisso – como dizia Platão: “Não treinem as crianças a aprender pela força ou dureza; oriente-os para a aprendizagem com o que diverte suas mentes” – mas estas atividades são orientadas e escolhidas pelo adulto e na verdade não há muito espaço no nosso sistema de ensino para o brincar livre e espontâneo nas escolas.

 

Esta privação do Brincar nas escolas manifesta-se, essencialmente de 3 formas:
1. Pobreza de espaços físicos
Temos ainda muitas escolas com espaços físicos pouco ou nada preparados para receber crianças. Por exemplo, há escolas que não têm espaço ao ar livre para recreio, obrigando as crianças a ficarem todo o dia confinadas a um espaço interior. Outras escolas têm um grande espaço físico mas que é apenas um quadrado gigante de chão em cimento onde as crianças são livres para correr, onde não há escorregas, não há árvores, não há baloiços, não há nada a não ser chão!

 

A falta de um  espaço próprio e bem equipado que permita a criança envolver-se e complexificar as suas brincadeiras, limita o uso e conhecimento do seu corpo e a especialização neuronal que se dá sempre que a criança cria respostas adaptativas, com sucesso, no meio ambiente!

 

2. Regras em demasia
Outro dos fatores que fomenta a privação do Brincar nas escolas é a urgência e necessidade constante de regras para controlar e proteger os nossos pequenotes. Não podem jogar à bola porque partem vidros, não podem correr porque batem uns contra os outros, não podem andar de escorrega porque se magoam… e baloiços? “Baloiços?? Deus me livre que ainda se matam!”.

 

Mas brincar é arriscado! Brincar é testar limites, quebrar regras, correr riscos agora com o meu corpo para que não os tenha de correr mais tarde quando já não é suposto!
O excesso de proteção sobre as nossas crianças leva a um grande problema: é que uma criança que não sabe saltar ou controlar o seu corpo num baloiço, dificilmente estará preparada para pegar num lápis e copiar um texto do quadro para o caderno. Porquê? Porque as capacidades que lhe permitem sentar-se e balançar-se no baloiço são exatamente as mesmas que lhe permitem estar sentado corretamente, mover a cabeça para copiar do quadro para o caderno e pegar bem no lápis, de forma a escrever corretamente nas linhas. Sem oportunidade para desenvolvê-las através do brincar, aprendizagem académica fica seriamente comprometida.

 

3. Foco excessivo no académico
Por fim, vemos cada vez mais uma necessidade desmedida para que os mais pequenos saibam cada vez mais matéria e de forma cada vez mais complexa. O problema desta exigência é que estamos a esquecer etapas de neurodesenvolvimento e a pedir às nossas crianças que se envolvam em atividades para as quais não estão ainda preparadas do ponto de vista neurológico e motor.

 

Por exemplo, frequentemente vejo em turmas de 3 anos, livros de fichas de atividades para as crianças fazerem, sentadas à mesa. Este tipo de pedagogia preocupa-me pois, em primeiro lugar, tira tempo à aprendizagem lúdica e concreta que se faz com as mãos e corpo através da brincadeira; em segundo ludar, porque exige a crianças que nem sequer têm a sua dominância manual definida (porque não é suposto nestas idades) que peguem num lápis corretamente e façam o exercício!

 

Antes de conseguirem pegar num lápis corretamente para formar as letras no papel, as crianças devem demonstrar um bom controlo postural e coordenação bilateral, boas capacidades de motricidade global e fina, dominância e destreza manual.
Encarar a educação sem desenvolver primeiro estas bases e avançar logo para a parte académica é como avançar para a construção de uma casa pelo telhado, sem uma boa estrutura e paredes para o suportar.

 

A boa notícia é que as crianças adoram desenvolver estas capacidades, porque afinal, para as desenvolverem basta que brinquem! Livremente e muito!

 

A imagem seguinte mostra um resumo de diferentes brincadeiras que ajudam a promover capacidades indispensáveis a um percurso de sucesso na escola! Seja criativo e use-as da melhor forma! Pense nas suas crianças, principalmente naquela que foi e ainda existe dentro de si!

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Marco Leão

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Marco Leão é terapeuta ocupacional. Formou-se em 2011, pela Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto. Tem investido na área das neurociências, contando com uma pós-graduação em Integração Sensorial pela CESPU/7Senses e várias outras formações na área do Autismo, Dificuldades de Aprendizagem, e problemas de Alimentação. Atualmente, exerce as funções de vice-presidente da 7Senses, associação portuguesa de integração sensorial, professor assistente na Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto e de formador internacional na área da escrita manual, integração sensorial e autismo. É também autor de cursos online nas mesmas áreas (cursos.marcoleaoto.pt). Gere o blog marcoleaoto.pt e a página Marco Leão, Terapeuta Ocupacional e é o criador e diretor da revista TOPediátrica.

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