Até há cerca de uma semana, acreditava-se que o novo coronavírus não tinha a capacidade de se transmitir entre mãe e filho ainda durante a gravidez. No entanto, nasceu no nosso país o primeiro caso descrito a nível mundial que comprova exactamente o contrário.
Trata-se de uma grávida com COVID-19, que deu à luz um bebé que apresentava sintomas respiratórios desde o nascimento e cujos testes para o coronavírus se revelaram também positivos, pelo que se encontra ainda internado. Esta é um informação muito importante, que necessita de ser assimilada e, como é lógico, perceber o que muda a partir de agora. Na verdade, não vai haver grandes mudanças em termos de atitudes, mas há dois aspectos que me parecem importantes de realçar:
– Deve-se reforçar as medidas de prevenção da infecção, principalmente em grávidas e seus conviventes. A ideia que se tem vindo a generalizar progressivamente de que a COVID-19 é um problema que já está ultrapassado é errada e perigosa, porque continua a ser fundamental manter todas as medidas de prevenção desta infecção, conforme descrito aqui
– No parto de grávidas positivas deve ser assegurada uma vigilância cuidada ao recém-nascido, para detectar precocemente possíveis sinais de infecção.
Tal como referi anteriormente, este facto é muito importante, mas na prática não vai implicar grandes mudanças, a não ser elevar um pouco o estado de alerta para esta infecção, que não está, de todo, ainda controlada em nenhum país.
