Para tentar sistematizar as ideias, podemos dividir os bebés em três grandes grupos:
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Bebés alimentados exclusivamente a leite materno. Nestas situações não se justifica dar água, uma vez que o leite materno possui toda a água de que o bebé necessita. Não é propriamente “criminoso” fazê-lo, mas se beber demasiado pode condicionar a quantidade de leite que vai mamar. As únicas excepções a esta regra são as vagas de calor ou vómitos persistentes, pois nesses casos é sempre importante reforçar a hidratação.
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Bebés a tomar fórmula infantil como substituição ou complemento do leite materno. As fórmulas são um pouco mais concentradas do que o leite materno, pelo que, nestes casos, deve-se oferecer água. E a palavra certa é mesmo oferecer, uma vez que deve ser o bebé a decidir quanta água quer beber.
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Bebés que já iniciaram a diversificação alimentar. Sempre que os bebés introduzem outros alimentos para além do leite, devem ir bebendo água, pelo que é uma prática recomendável a partir dessa altura.
É muito importante perceber que o consumo de água nunca deve ser forçado. É fundamental que os bebés aprendam a gostar e isso deve ser treinado desde que é introduzida. Há alguns pais que tentam “enganar” os filhos quando eles não bebem, dando-lhes chá, sumo de fruta ou outras bebidas mais adocicadas. Esta não é, de todo, a melhor prática, pois vai dificultar a aprendizagem dos bebés relativamente ao sabor da água, podendo condicionar a quantidade que vão beber mais tarde.
Nesta altura do Verão, estes conselhos são ainda mais importantes, uma vez que os bebés precisam mesmo de se hidratar para compensar as perdas através da transpiração, que podem ser significativas. Enquanto não são autónomos, essa responsabilidade fica a cargo dos pais, que devem estar alerta para essa necessidade, prevenindo possíveis situações de desidratação.