Com a grande mudança que ocorreu nos últimos anos em relação à nutrição infantil, esta dúvida começou a ser colocada cada vez com mais frequência. Afinal, qual são as melhores papas, as caseiras, as comerciais ou as ditas “biológicas”?
Papas caseiras
Apresentam como grandes vantagens as seguintes:
- Sem adição de açúcar (desde que seja essa a opção de quem as faz)
- Maior diversidade de sabores e texturas
- Maior envolvimento dos cuidadores na sua preparação
No entanto, tem as seguintes desvantagens:
- Cereais com menor controlo nutricional do que os cereais específicos de nutrição infantil
- Ausência de suplementação vitamínica e de minerais
Papas comerciais
As suas principais vantagens são as seguintes:
- Maior segurança nutricional (maior controlo de qualidade dos cereais)
- Sem adição de açúcares (quase todas as marcas têm gamas de papas sem açúcares adicionados)
- Suplementação vitamínica e de minerais
Como desvantagens, apresentam as seguintes:
- Sabores menos diversificados
- Texturas mais homogéneas
- Maior quantidade de açúcares? (na verdade este aspeto já quase não se verifica, desde que seja escolhida uma papa sem adição de açúcares)
Papas “biológicas”
Este tipo de papa tem a seguinte vantagem:
- Sem adição de açúcares
As suas desvantagens principais são as seguintes:
- Menor suplementação vitamínica e de minerais
- Sabores menos diversificados
- Texturas mais homogéneas
Em jeito de conclusão, diria que as papas “biológicas” são, provavelmente, as menos interessantes. A grande vantagem que apresentavam, que era a ausência de açúcares adicionados, foi já igualada pelas outras opções.
Comparando as papas caseiras com as comerciais, penso que, se se escolher papas sem açúcares adicionados, as comerciais apresentam alguma vantagem. No entanto, a maior diversidade das papas caseiras (em termos de sabores, texturas e uso de diferentes cereais) é uma mais-valia interessante, pelo que, na minha opinião, faz sentido ir variando entre as duas opções. E essa é mesmo a melhor escolha: variar, para, como diz o ditado, “se poder aproveitar o melhor dos dois mundos”!