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Brincar na Rua – devemos regressar ao passado?

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Setembro 5, 2022
em Conselhos
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Hoje em dia vivemos numa altura em que o medo impera demasiado na nossa mente, sempre com o pretexto de que “os tempos de hoje não são como os de antigamente”, mas, apesar de essa ser uma verdade irrevogável, o reflexo disso não é assim tão evidente.

Passo a explicar porquê…

Há uns anos atrás, as crianças brincavam nas ruas, em conjunto, sendo essa uma prática comum e “natural”. No entanto, com a desertificação progressiva dos centros históricos (onde havia sempre alguém à janela que pudesse ir supervisionando o que se passava) e também com o ritmo de vida progressivamente mais acelerado, esse hábito foi-se perdendo, com evidentes consequências a nível da saúde e bem-estar das crianças. E isto, porque brincar na rua era uma prática importante para o desenvolvimento infantil, com as seguintes vantagens:

  • Estimulava a socialização

As atividades de rua implicavam sempre um grupo de crianças, com o estabelecimento de relações de amizade que perduravam no tempo. Muitas vezes, juntavam-se crianças de escolas e turmas diferentes, que podiam interagir umas com as outras em verdadeiros momentos de lazer.

  • Favorecia a autonomização

Nas brincadeiras de rua, as crianças tinham que se entender umas com as outras. Não havia a participação nem interferência dos adultos, pelo que as regras eram estipuladas entre elas, com a participação de todos. Assim, a autonomia e crescimento individual eram claramente favorecidos, com todo o impacto positivo que isso tinha para o seu desenvolvimento.

  • Facilitava a aprendizagem de regras

Uma vez que as regras de funcionamento das brincadeiras eram estabelecidas pelas próprias crianças, o seu cumprimento acabava por ser uma vontade de todos, com cedências e conquistas, o que ajudava na perceção de que as regras devem ser feitas em função do grupo e cumpridas por todos…

  • Incentivava a responsabilidade

O horário era estabelecido pelos pais, sem telemóveis ou afins. Por esse motivo, a brincadeira era gerida em função desse limite, o que permitia uma noção de responsabilidade que se ia instalando de forma natural e progressiva.

Estes são apenas alguns dos aspetos que faziam parte dessa rotina e que transformavam o simples ato de brincar na rua numa vivência fundamental para o crescimento e desenvolvimento infantis. Infelizmente, pelos motivos expostos acima, esse hábito foi sendo substituído por atividades cada vez mais individuais e sedentárias, ou então por atividades demasiado estruturadas (treinos, explicações, aulas de música, …). Estas têm também as suas vantagens, mas não conseguem, de todo, substituir a importância do brincar livre na rua, entre amigos…

Devíamos então voltar a criar essas rotinas?

Não tenho dúvidas em afirmar que sim! Em primeiro lugar, é importante criar condições de segurança para que isso aconteça, com espaços adequados e com alguma supervisão. E, em segundo, devemos combater esta “cultura do medo” que está instalada nas cabeças dos adultos, porque, na realidade, é demasiado exagerada quase sempre. É verdade que “os tempos já não são o que eram”, mas também que isso não faz deste tempo tão inseguros como as pessoas acreditam. Basta perceber que os incidentes com crianças não aumentaram de forma tão significativa nas últimas décadas. E isso tem que dar conforto e segurança aos pais…

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Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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