O desenvolvimentos dos bebés e crianças é uma das áreas mais fascinantes da pediatria. A forma como um recém-nascido imaturo e praticamente indefeso se adapta a sai e ao meio ambiente de forma a tornar-se num adulto saudável, competente e feliz é algo verdadeiramente extraordinário, pelo que importa tentar perceber como ocorre e de que forma é que esse desenvolvimento pode ser otimizado.
O primeiro conceito que eu gostava de explicar é o que significa o desenvolvimento infantil. Na verdade, mas do que uma soma de aquisições, ele deve ser encarado como um processo, um caminho através do qual as crianças vão adquirindo novas competências e em que cada uma vai permitir a aquisição de outras competências, multiplicando-se à medida que a criança cresce.
Em segundo lugar, é sempre importante esclarecer que o desenvolvimento varia de criança para criança. É verdade que existe um padrão e uma sequência mais ou menos esperada de aquisições, mas a informação genética e as experiências/estímulos pelos quais as crianças passam são sempre diferentes uns dos outros, o que leva, obrigatoriamente, a trajetos também eles distintos.
O terceiro ponto, mas talvez o mais importante, é que, devido a essa variabilidade, não se deve andar constantemente a fazer comparações entre crianças. É óbvio que essas comparações podem ajudar nalguns casos, a detetar precocemente desvios ao padrão habitual, mas, na maior parte das vezes, elas são bastante mais destrutivas do que construtivas.
Assim, em jeito de conclusão, diria que temos sempre de respeitar o desenvolvimento de cada criança, ajudando a cada momento a otimizar todo esse processo. E, para além disso, é também fundamental ter sempre presente que ele deve ser o mais diversificado e robusto possível, em 3 grandes áreas:
– desenvolvimento psicomotor
– desenvolvimento psicoafetivo
– desenvolvimento psicossocial
Mas, sobre isso, falaremos nos próximos textos…