O amargo é, habitualmente, visto como um sabor menos agradável e isso tem também uma explicação lógica.
Há muitos milhões de anos os nossos antepassados não sabiam manipular, preparar e cozinhar alimentos, pelo que os consumiam diretamente da natureza. Esse tipo de comportamento acarretava alguns riscos, pois há alimentos que podem ser consumidos, mas outros que não podem. A maior parte dos venenos naturais tem um sabor amargo e os nossos antepassados que estranhavam esse sabor acabavam por não os consumir, o que foi uma vantagem em termos de sobrevivência.
Ao longo dos anos, os genes que determinam maior sensibilidade ao amargo foram sendo selecionados e passados de geração em geração, levando a que, atualmente, a maior parte dos bebés estranha um pouco este tipo de sabor. Por esse motivo, é importante reforçar a introdução na sua alimentação de alimentos mais amargos (alguns legumes, por exemplo), para ir “treinando” o paladar e ajudar o bebé a perceber que esse sabor, hoje em dia, já não tem a conotação negativa que tinha há uns milhões de anos atrás.
Se o seu filh@ estranha esse sabor não desista, porque aos poucos vai acabar por aceitá-lo, desde que mantenha a sua persistência.