A nossa cultura popular está repleta de mezinhas e remédios “caseiros” para as mais diversas situações. Por esse motivo, decidi analisar a diferença entre tipo de solução e os remédios ditos “convencionais” (ou medicamentos), avaliando os seguintes pontos:
- Eficácia
- Remédios “convencionais” – a eficácia é assegurada com base em estudos controlados e analisados por comissões de peritos
- Remédios “caseiros” – a eficácia é empírica, ou seja, é apenas garantida pela opinião de quem já experimentou, com uma significativa margem de erro associada
- Efeitos laterais (segurança)
- Remédios “convencionais” – estão descritos na bula e catalogados de acordo com a gravidade e a probabilidade de poderem surgir; essa informação está sempre acessível de forma clara
- Remédios “caseiros” – apesar de, na maior parte das vezes, serem praticamente inócuos, não são completamente desprovidos de possíveis efeitos laterais e isso é algo que raramente é levado em atenção; para além disso, muitos destes remédios contêm quantidades elevadas de açúcar, o que não é, de todo, a melhor opção
- Controlo de qualidade
- Remédios “convencionais” – assegurado pelas entidades competentes (Agência Europeia do Medicamento e Infarmed)
- Remédios “caseiros” – não existe
- Presença de químicos
- Remédios “convencionais” – sim, são compostos químicos
- Remédios “caseiros” – sim, também são compostos químicos!
Como conclusão, diria que, apesar de na maior parte das vezes os remédios “caseiros” não comportarem um risco significativo, a verdade é que também pouco acrescentam do ponto de vista de benefícios. Por esse motivo, parece-me sensato que a preferência sejam mesmo os remédios “convencionais”, sempre que tal for necessário e indicado.