A doença vulgarmente designada “varíola dos macacos” (nome pouco correto cientificamente, mas generalizado na comunicação social) é uma infecção causada por um vírus, que possui a particularidade de poder ser transmitida de animais para pessoas ou também entre pessoas, tal como mostra o aumento recente de casos no nosso país.
Os seus sintomas mais comuns são os seguintes:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dores nas costas
- Cansaço
- Aumento dos gânglios linfáticos
- Lesões na pele e mucosas (boca, por exemplo)
As lesões na pele são, provavelmente, o aspecto mais chamativo desta doença e surgem 1-3 dias após o início da febre. Podem ser planas ou elevadas e conter um líquido claro ou amarelado. Com a evolução da doença, acabam por “rebentar” e formar crostas. Costumam surgir na cara e depois alastram-se para o resto do corpo, podendo atingir a boca, órgãos genitais e olhos.
O quadro clínico dura 2-4 semanas e depois resolve espontaneamente, sem nenhum tratamento.
A transmissão do vírus pode ocorrer enquanto existem sintomas (até todas as lesões estarem secas e em crosta), através do contacto próximo com uma pessoa infetada (incluindo transmissão por via sexual). Para além disso, o contacto com vestuário pessoal, roupas de cama, atoalhados, talheres, pratos ou outros outros objetos de uso pessoal contaminados também podem transmitir a infeção.
O que fazer em caso de suspeita de infeção causada pelo vírus monkeypox?
Se tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença e, sobretudo, se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado pelo vírus monkeypox, entre em contato com centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis ou ligue para a Linha SNS 24 (tel. 808 24 24 24). Se necessário, pode também recorrer a um serviço de urgência para ser avaliado e orientado. Durante todo o processo deve evitar o contacto próximo com os outros e lavar as mãos regularmente.