Conheça as Crianças que já utilizaram as Células Estaminais guardadas na Crioestaminal
Fundada em 2003, a Crioestaminal foi o primeiro banco de células estaminais do sangue do cordão umbilical a surgir em Portugal. Pioneira e líder no nosso país, a Crioestaminal atualmente integra o maior grupo Europeu na área das células estaminais – o grupo FamiCord – que já contribuiu para a realização de mais de cem tratamentos com células estaminais do sangue do cordão umbilical.
Para além do seu enquadramento como parte do maior grupo Europeu na área, a Crioestaminal é o laboratório de criopreservação com mais experiência em Portugal, tendo contribuído para o tratamento de dez crianças portuguesas. Conheça os casos de algumas das crianças que utilizaram as células estaminais do sangue do cordão umbilical guardadas na Crioestaminal.
HENRIQUE
Aos 4 anos, o Henrique foi diagnosticado com anemia aplástica severa, uma doença grave, em que a medula óssea não consegue produzir células sanguíneas suficientes, provocando anemia, hemorragias e infeções. Tendo em conta a sua situação clínica, a equipa médica que seguia o Henrique decidiu avançar para a realização de um transplante de células estaminais. Uma vez que tinha as suas próprias células estaminais guardadas na Crioestaminal, estas foram usadas para o transplante, realizado no IPO de Lisboa. Previamente ao transplante, o Henrique foi submetido a quimioterapia e outros tratamentos. Após a infusão das células estaminais do seu sangue do cordão umbilical verificou-se uma rápida recuperação das contagens de glóbulos brancos e de outros parâmetros da recuperação hematológica. O procedimento foi um sucesso e o Henrique é, hoje, uma criança saudável.
MADALENA
Quando a Madalena nasceu, às 30 semanas de gestação, o seu cérebro ainda não estava totalmente desenvolvido, tendo-lhe sido mais tarde diagnosticada paralisia cerebral. Aos 4 anos, os pais contactaram a Crioestaminal para solicitar o envio das células criopreservadas para o Hospital San Rafael, em Madrid, onde foi tratada. Algumas semanas depois do tratamento experimental com as suas células estaminais do sangue do cordão umbilical, os pais notaram uma grande evolução ao nível da linguagem e melhorias na locomoção.
INÊS
A Inês sofreu uma hemorragia intracraniana antes do nascimento, que lhe provocou paralisia cerebral. Após consultas com médicos especialistas, os pais da Inês decidiram-se pela realização de um tratamento experimental com recurso às células estaminais do seu sangue do cordão umbilical. A Inês deslocou-se à Universidade de Duke, nos EUA, para duas infusões com as células guardadas à nascença no laboratório da Crioestaminal. Depois do primeiro tratamento, os pais observaram melhorias na mobilidade e no controlo do tronco e notaram que começou a conseguir brincar. Após o segundo tratamento, a Inês fez novas conquistas: melhorou ainda mais ao nível do controlo do tronco e da cabeça, e também a nível cognitivo, conseguindo já compreender os pais. Mais cinco crianças portuguesas com paralisia cerebral foram tratadas com sucesso na Universidade de Duke, usando as suas células estaminais, colhidas na altura do nascimento e criopreservadas na Crioestaminal.
CAROLINA
Outra criança tratada no centro médico da Universidade de Duke com as suas células estaminais foi a Carolina, diagnosticada aos três anos com uma perturbação do espectro do autismo. Embora tenha apresentado um desenvolvimento normal até aos 9 meses, a partir dessa altura, começou a evitar o contacto visual e a interação, sobretudo com adultos. Aos oito anos, a Carolina foi tratada com as suas células do sangue do cordão umbilical, tendo, no seguimento disso, os seus pais e terapeutas relatado melhorias na sua capacidade de concentração e de interação com os outros e redução gradual dos episódios de manifestação mais exacerbada de desconforto.
FREDERICO
As células estaminais criopreservadas podem ser usadas pelo próprio, mas também por um familiar compatível. Foi o caso do Frederico, que nasceu com uma imunodeficiência combinada severa, uma doença rara que o impedia de ter um sistema imunitário funcional, deixando-o completamente vulnerável a infeções. Desde cedo ficou claro que necessitaria de um transplante de células estaminais, que foi realizado no IPO do Porto, recorrendo às células estaminais do sangue do cordão umbilical do irmão mais velho, guardadas anos antes na Crioestaminal. Este transplante resultou na cura da doença.