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Ao ano andante (?), aos dois falante (!)

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Fevereiro 25, 2019
em Conselhos
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Home Conselhos
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desenvolvimento infantil é muito variável, mas há algumas etapas que devem ser atingidas em idades-chave. Essa avaliação deve ser feita sistematicamente nas consultas de rotina, mas é também importante que os pais tenham algumas ideias do que é suposto acontecer, de forma a não criar receios desnecessários.

Em termos de desenvolvimento, as duas grandes áreas que mais expectativas criam são, provavelmente, a fala e a marcha. Todos os pais têm vontade de ver os filhos a dizer as primeiras palavras e a dar os primeiros passos e há, inclusivamente, um ditado popular na nossa cultura que espelha isso muito bem: Ao ano andante, aos dois falante. Vou debruçar-me um pouco sobre ele, para perceber se é mesmo assim que acontece…

 

Quase toda a gente tem a ideia de que os bebés devem andar por volta do ano de idade e isso não é, de todo, a realidade. Há efectivamente alguns que o fazem, mas a maioria fá-lo mais tarde, em média cerca dos 14 meses. Mas mesmo essa idade é bastante variável, pelo que a normalidade vai um pouco “mais longe”. O normal é as crianças aprenderem a andar até aos 18 meses e só a partir dessa idade é que pode ser considerado “anormal”.

Também em relação a este aspecto importa esclarecer que um dos factores que tem alguma influência no processo é a forma como os bebés aprendem a deslocar-se antes de andar. Podem fazê-lo de uma das seguintes formas:

  1. Gatinhar – é a forma mais comum dos bebés aprenderem a movimentar-se, embora não seja obrigatório que o façam
  2. Arrastar-se “tipo tropa” – é relativamente frequente e é uma alternativa a gatinhar
  3. Arrastar-se sentado – é um pouco menos frequente, mas também uma alternativa. O mais importante nestes casos é explicar aos pais que os seus filhos não irão ser dos primeiros andar, porque não trabalham o movimento alternado das pernas, mas que irão fazê-lo até aos 18 meses
  4. Andar de forma directa, sem passar por nenhuma etapa prévia – não é muito frequente, mas por vezes acontece

 

2 – Aos dois falante…

É muito interessante acompanhar o desenvolvimento da linguagem das crianças, porque é pouco linear e acontece muito “por etapas”. De um modo resumido e simples, o que se passa é o seguinte:

  1. Até aos 9 meses – a linguagem é muito rudimentar e praticamente desprovida de intenção
  2. Entre os 9 e os 12 meses – os bebés começam a perceber que os sons diferentes têm significados também diferentes e passam a ter algum entendimento do que se lhes diz. É fundamental nesta fase conversar com eles e ir falando sobre tudo o que se está a fazer e ver, para eles perceberem como se utilizam os sons
  3. Entre os 12 e os 18 meses – aos 12 meses os bebés entendem já algumas ordens simples, tais como “diz adeus” ou “dá cá” (não é obrigatório obedecer, só é preciso haver entendimento!) e, a partir daí, desenvolvem cada vez mais a compreensão. Não é habitual que haja uma grande evolução no número de palavras que dizem e, por volta dos 18 meses, grande parte das crianças entende tudo o que se lhe diz, mas só consegue verbalizar intencionalmente 5-10 palavras
  4. Entre os 18 meses e os 2 anos – é neste intervalo que se inicia o grande desenvolvimento da linguagem expressiva e é suposto que cerca dos dois anos de idade as crianças sejam já capazes de construir frases simples, com 2-3 palavras (por exemplo, “mamã dá” ou “papá água não”)
  5. A partir dos 2 anos – a linguagem desenvolve-se exponencialmente e de forma progressiva

 

Em jeito de conclusão, pode-se afirmar que apesar de não estar completamente errado, seria mais correcto se o ditado afirmasse que “Ao ano (ainda não) andante, aos dois (realmente) falante”! Certamente estaria um pouco mais adequado e espelharia melhor o desenvolvimento das nossas crianças…

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Hugo Rodrigues

Hugo Rodrigues

Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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