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Manifesto a favor das refeições em família!

Hugo Rodrigues por Hugo Rodrigues
Janeiro 14, 2019
em Alimentação
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Home Alimentação
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Ib-u-ron

Do ponto de vista histórico, as refeições sempre foram um momento de partilha e de convivência, mas hoje em dia parece que esse significado se “evaporou”. Não percebo muito bem o porquê de isso ter acontecido, mas de uma coisa não tenho dúvidas: só depende de nós voltar a recuperar o que se foi perdendo!

A alimentação das crianças é uma das maiores preocupações dos pais desde o seu nascimento. Numa primeira fase, todos os cuidados se orientam no sentido de garantir que os bebés mamam a quantidade de leite que necessitam, para que possam crescer e desenvolver-se da melhor forma possível. Com o passar do tempo, chega finalmente a altura de introduzir novos alimentos (por volta dos seis meses de idade) e, nessa altura, as preocupações passam a ser maioritariamente duas:

  1. garantir que o bebé continua a comer a quantidade adequada
  2. tentar variar os sabores dos alimentos para que se habitue a “comer de tudo”

Sem dúvida que estes são aspectos importantes a considerar mas, na minha opinião, esta é a altura ideal para aproveitar também para transmitir outros conceitos que nem sempre estão tão presentes. E tudo se prendo com o que é, de facto, comer. Isto é fundamental, porque se é verdade que comer é sabor, é verdade também que é igualmente cor, textura e socialização. Nós, adultos, não podemos nunca esquecer-nos disso e muito menos podemos deixar de passar esta informação valiosíssima aos nossos filhos. Relativamente à cor e textura, penso que é um assunto que pode ficar para um texto futuro, mas gostava de me debruçar hoje um pouco sobre a vertente “social” da alimentação.

Sei que haverá quem não concorde, mas ter a televisão, tablet ou telemóvel ligada no momento da refeição é um contra-senso. Isto é válido para crianças e, claro, mais ainda se estivermos a falar de adultos (pois são os modelos a seguir)! A presença de qualquer um destes ecrãs é um elemento claramente perturbador da convivência entre pessoas, o que os torna elementos a abolir desses momentos. Pessoalmente, considero “chocante” o cenário que se vê hoje em dia nos restaurantes um pouco por todo o lado: famílias juntas fisicamente, mas completamente separadas pelas novas tecnologias. Não é invulgar ver o pai ao telefone, a mãe a ver televisão e os filhos, perdidos, entregues aos tablets para poderem “estar quietos”. Por vezes passa-se a refeição toda sem uma única conversa e, de repente, o momento em família esvai-se completamente. Confesso que é algo que me deixa profundamente incomodado, mas o pior é que isto é apenas um pequeno reflexo do que se passa em casa, ou melhor, em tantas casas das nossas crianças.

Outro aspecto importante a considerar é o facto de que se a criança estiver demasiado distraída nem se apercebe bem do que está a comer, o que não ajuda nada a construir hábitos alimentares saudáveis. Compreendo que algumas crianças serão mais difíceis para alimentar, mas enganá-las não é (nem pode ser) a solução. De qualquer forma, este problema tem que ser encarado deste modo logo desde o início, pois se não for assim e o hábito de comer com distracções já estiver instalado, torna-se muito mais difícil voltar atrás.

Por fim, gostaria de reflectir também sobre a falta de tempo que dedicamos às refeições. Obviamente que não é preciso demorar horas, mas também não é, de todo, desejável que elas sejam sempre feitas num clima de pressa e “correria”. Frases do tipo come depressa senão ficas vou-me zangar são extremamente frequentes e, apesar de nalgumas situações poderem ser compreensíveis, elas devem claramente ser a excepção e não a regra, o que nem sempre se verifica.

Assim, as refeições são para ser desfrutadas em família e a convivência tem obrigatoriamente que fazer parte dessa rotina. É preciso que haja um diálogo, uma partilha real de conversas, interesses, pontos de concórdia e também de discórdia, até porque muitas vezes (infelizmente) esse é o único momento que os pais têm verdadeiramente para dedicar aos filhos. E é muito triste ver como eles se sucedem sem ser aproveitados…

É certo que o relógio não para, mas nós podemos e devemos dar um bom uso ao tempo de que dispomos, seja muito ou pouco. As refeições são uma parte importante do nosso dia-a-dia e achar que representam apenas uma necessidade biológica de alimentar o corpo é extremamente reducionista e até “criminoso”. Devem sempre ser encaradas como uma parte fundamental e especial do nosso dia-a-adia, pois só dessa forma é que as crianças vão aprender a respeitar adequadamente esses momentos. Todos nós merecemos isso e os nossos filhos ainda mais!

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Hugo Rodrigues

Hugo Rodrigues

Sou Pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo. Sou também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho e formador pelo European Ressuscitation Council na área de Emergências Pediátricas. Participo regularmente nos programas “A Tarde é Sua” da TVI e “Filhos e Cadilhos” do Porto Canal e escrevo também para a Revista Saúda, para o site da Revista Visão e para a plataforma Simply Flow – by Fátima Lopes. Colaboro ainda, pontualmente, com outros meios de Comunicação Social e sou autor dos livros “Pediatra para todos”, “Primeiros Socorros – Bebés e Crianças” e o mais recente livro "O Livro do seu Bebé".

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