O primeiro critério deve ser a adequação à idade, principalmente quando se fala de brinquedos. Geralmente essa informação vem na caixa e deve sempre ser tida em conta. O segundo é tentar perceber se realmente é algo útil ou se vai ser “mais um” brinquedo para abrir e colocar no “monte”. Isto é muito subjectivo e difícil de analisar, mas é importante de fazer. Por fim, convém também ter presente que não é por ser mais caro que um presente é necessariamente melhor. Na maior parte das vezes é mais útil comprar coisas simples, pois é com essas que as crianças costumam brincar mais e durante mais tempo. Outro aspecto fundamental e tentar oferecer presentes que possam ser usufruídos em família, pois acabam por ser mais benéficos por todos.
Aqui ficam algumas sugestões em função da idade:
0-3 (infância)
Nestas idades é importante ter em atenção o risco de asfixia, pelo que todos os brinquedos que contenham peças pequenas ou soltas não são boa opção. No primeiro ano as crianças não brincam grande coisa com brinquedos, pelo que não há necessidade de ter muita quantidade. A partir daí, os jogos de encaixe e, posteriormente, os blocos de construção são boas opções. É também interessante que nestes primeiros anos os brinquedos tenham estímulos diferentes, tais como luzes, cores, músicas e barulhos. É uma etapa em que é muito importante trabalhar o desenvolvimento motor e também a coordenação, pelo que faz sentido ter isso em atenção. Os livros e puzzles são boa opção também para qualquer idade.
Dos 3-6 (pré-escolar)
Nesta idade as crianças são muito criativas, pelo que é importante ajudar a trabalhar o faz de conta e essa criatividade. Os blocos de construção (agora mais elaborados e pequenos) são boas opções, embora haja também outros brinquedos e bonecos que permitem que a criança vá desenvolvendo a sua imaginação. Nesta fase, os livros e puzzles continuam a ser boa opção e já podem também ser introduzidos alguns jogos de tabuleiro, por exemplo.
Dos 6-10 (idade escolar)
Aqui os livros começam a “ganhar força “, uma vez que a criança começa a aprender a ler e pode usufruir melhor deste tipo de presente. Os blocos de construção também podem ser boa opção e os jogos de tabuleiro também, que posam ser usufruídos em família e com os amigos. Se a criança tiver alguma consola, os jogos são também uma opção, mas devem sempre ser adequados à idade da criança.
Dos 10-12 (“pré-adolescência”)
Nesta fase os presentes indicados atrás são interessantes, mas começa a surgir um interesse maior por roupa e presentes que não sejam “brinquedos”.
Acima dos 12 (adolescência)
Na adolescência os brinquedos vão perdendo algum interesse e começam a ser substituídos naturalmente por roupa, sapatilhas e outros “adereços “. Também os dispositivos electrónicos e jogos acabam por ser mais aliciantes, pelo que podem ser uma opção, desde que adequados a idade é sempre oferecidos com o pressuposto de haver “regras” para serem utilizados. Parece-me interessante que se continue a “apostar” um pouco nos jogos de tabuleiro, pois acabam por permitir uma maior interação familiar e partilha “social”.
Por fim, uma palavra para os dispositivos electrónicos e alguns cuidados a ter quando se pensa nesse tipo de presente.
Oferecer um dispositivo electrónico a uma criança implica um cuidado muito maior na colocação de regras. Uma coisa é uma criança utilizar um tablet da mãe ou pai, outra é ter o seu próprio tablet. Isso implica um sentimento de posse, que vai provavelmente fazer com que a criança acabe por passar mais tempo do que devia com esses dispositivos em vez de estar entretida com outras coisas.
Também os jogos têm indicação da adequação à idade é isso deve ser respeitado, ou seja, se no jogo estiver que é para maiores de 18 não faz sentido que seja oferecido a quem tem 12 ou 13, por exemplo. Se possível, deve-se tentar escolher jogos desafiantes e que estimulem a concentração e memória, mas também que sejam divertidos e uma fonte de prazer para a criança.