Tradicionalmente, o papel da mãe no seio familiar era quase incompatível com o papel de mulher, tantas eram as responsabilidades e “obrigações” a que as mulheres estavam sujeitas.
No entanto (e felizmente!), a realidade mudou bastante nestes últimos anos, com a participação cada vez mais activa do género feminino em todos os cargos da sociedade, permitindo uma igualdade cada vez maior entre géneros. Como é lógico, isso leva a uma redistribuição de papéis, que deve tornar as famílias mais funcionais e harmoniosas.
A actividade laboral das mulheres é, actualmente, sobreponível à do sexo masculino, com todas as ambições e exigências inerentes a essa aproximação. É algo completamente lógico, pois a vontade de ser bem-sucedido é uma necessidade de todos os seres humanos, pelo que faz sentido que esse seja um caminho cada vez mais presente. No entanto, por vezes criam-se alguns dilemas, sobre os quais vale a pena pensar um pouco:
- Distribuição de tarefas
É fundamental perceber que a divisão familiar “clássica” do pai que ia trabalhar para sustentar a família e a mãe que ficava em casa a tratar das crianças é algo completamente ultrapassado e uma visão retrógrada de como deve funcionar uma família. As mães precisam que os pais colaborem nas tarefas de casa, tal como os filhos também precisam que os pais colaborem nas tarefas do seu dia-a-dia.
- Gerir o tempo
Muitas das mães actuais tiveram experiências familiares um pouco diferentes, com as suas próprias mães a estarem mais presentes em casa e menos no mercado laboral. Isso cria alguma dificuldade na gestão do tempo, pois têm elas próprias que aprender como fazê-lo, já que o modelo que vivenciaram enquanto filhas foi também ele diferente.
- Evitar os “pesos na consciência”
Não é por uma mãe se dedicar mais à sua carreira que isso implica estar a ser pior mãe, bem pelo contrário. No entanto, algumas mulheres podem sentir isso, precisamente por não ter sido esse o contexto em que viveram enquanto filhas. Nada de mais errado, porque com alguma organização tudo é possível!
Em jeito de conclusão, o que é mais importante é perceber que o ser humano é extremamente complexo, mas muito simples na necessidade de ser bem-sucedido. E, quando isso acontece, torna-se muito mais capaz de desempenhar os seus diferentes papéis. Por esse facto, é fácil compreender que as mulheres realizadas são mesmo melhores mães, mais disponíveis para ir de encontro às necessidades dos seus filhos. E toda a gente ganha com isso…