Com a chegada dos dias mais quentes e das idas à praia ou tardes em piscinas, a criação de novas rotinas, adaptadas a uma nova fase de exposição solar, é fundamental para garantir o cuidado, proteção e hidratação da pele das suas crianças. E se essa é uma afirmação válida para os mais novos em geral, é especialmente importante para os que têm dermatite atópica, já que a sua pele será ainda mais sensível e suscetível a fatores externos.
O que é a dermatite atópica?
“A dermatite ou eczema atópico é uma doença cutânea originada pela inflamação crónica da pele. Aparece habitualmente durante o primeiro ano de vida, tem pré-disposição genética associada ao histórico familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica e está comprovado que o ambiente urbano potencia o agravamento dos sintomas, devido à poluição, tabagismo passivo, etc.”
Existe uma cura para esta patologia?
“A dermatite atópica não tem uma cura efetiva, no entanto, com as medidas corretas e os cuidados adequados, é possível manter a doença em estado de latência, controlando e até evitando os sintomas que impactam a qualidade de vida dos doentes.”
Se a pele atópica é mais sensível, porque é que se deve manter a exposição solar mesmo nesses casos?
“Embora a atopia esteja associada ao mecanismo de inflamação da pele, e apesar de aparentemente contraditório, a verdade é que o sol é um elemento benéfico para quem tem pele atópica. Isto explica-se porque a radiação solar ativa o sistema imunitário, reduzindo assim a inflamação cutânea e a intensidade dos sintomas. Por este motivo, a exposição à radiação solar, de forma controlada e limitada, é uma mais valia para a qualidade de vida dos doentes com atopia.”
Que passos devem ser seguidos para garantir uma exposição solar em segurança, para crianças com pele atópica?
- Aplicar sempre o hidratante para pele atópica: Mesmo que o dia seja de praia ou piscina, e que só pense no protetor solar, é importante que o hidratante habitual para pele atópica continue a fazer parte da rotina, para reforçar a barreira cutânea. Apenas após 30 minutos da sua aplicação deverá recorrer ao protetor solar.
- Ingredientes a ter em conta: Escolher um protector solar com uma fórmula baseada em filtros minerais como o Dióxido de Titânio e Óxido de Zinco – óptima eficácia e tolerância.
- Fator de proteção adequado: Escolher um protector solar com um índice de proteção SPF50+ e de largo espectro, para a proteção da radiação UVB e UVA. Nenhum protector consegue impedir a 100% o contacto da radiação com a pele, logo este índice permite aproveitar os benefícios do sol e evitar as consequências negativas. Um protetor solar resistente à água e possível de aplicar em pele molhada, como o Anthelios Wet Skin Dermo-Pediatrics FPS50+ poderá ser uma boa opção, até para os mais irrequietos.
- Optar por protectores solares sem perfume: A fragância é um factor de risco para o aparecimento dos sintomas e por isso deve ser evitada.
- Aplicar o protector solar numa quantidade generosa e reaplicar, no mínimo, a cada 2h: A primeira aplicação do protector deve ser feita ainda em casa, pelo menos 30 min antes da exposição directa, permitindo assim que os filtros solares sejam absorvidos e desenvolvam a sua função. Um protetor solar prático com acabamento invisível será o seu melhor aliado na aplicação contínua durante o dia, como Anthelios Spray Dermo-Pediatrics SPF50+.
Evitar as horas de maior intensidade da radiação solar (12H – 16H) e, principalmente no caso das crianças, optar por vestuário adequado à exposição solar com índice de proteção identificado na etiqueta.
Artigo escrito com a colaboração da formadora Carina Carvalho Matias, Licenciada em Ciências Farmacêuticas.