A discussão sobre a necessidade de “mimo” nas crianças é muito frequente, com opiniões de todos os tipos e para todos os gostos. Assim, antes de começar este texto, importa esclarecer o que significa a palavra “mimo” neste post.
E, no meu entender, é o afeto, o carinho e contacto físico que se dá a outra pessoa. É estar genuinamente atento às suas necessidades e corresponder sempre que isso for possível, só pelo prazer de ver o outro feliz. Não tem nada que ver com permissividade excessiva ou falta de regras, que são conceitos diferentes, mas, infelizmente, muitas vezes confundidos com a palavra “mimo”. Com este esclarecimento, é fácil perceber que, na verdade, não existe mimo a mais! Acredito genuinamente nisto e, tal como já escrevi antes, não tenho dúvidas de que nenhuma criança se estraga por excesso de mimo, mas estragam-se muitas por falta dele! (ver mais sobre este assunto aqui)
No entanto, quando se fala sobre este assunto, focamo-nos sempre muito na necessidade que as crianças têm de sentir esse mimo e de viver com ele para crescer e se desenvolver felizes. Mas hoje gostava de colocar o foco noutro ponto…
Sim, é verdade que as crianças precisam de (muito) mimo!
E os pais, não precisam genuinamente de dar mimo aos seus filhos? Essa não pode ser uma “obrigação”, tem que ser sentida pelos pais como uma verdadeira necessidade. Porque, se assim não for, alguma coisa está errada…
O prazer de dar aos filhos algo de que eles necessitam é dos maiores prazeres que se pode sentir e ninguém deve ter escrúpulo em fazê-lo.
Assim, se sente prazer em dar “mimos” ao seu filho, faça-o sem receios! E, se alguém lhe disser que o vai “habituar mal”, só tem que sentir orgulho em, no que depender de si, lhe estar a dar o que ele precisa verdadeiramente para crescer confiante, seguro e, acima de tudo, feliz!