Todas as crianças são diferentes, mas, apesar de haver algumas exceções, na maior parte das
vezes elas gostam de acordar cedo, particularmente ao fim de semana.
A partir do 1º mês, em média, os bebés começam a estabelecer o seu ritmo circadiano, ou
seja, a programar o seu relógio biológico. Isso significa que vão adequar as suas respostas e
comportamento, consoante se trata do período diurno ou noturno, estando constantemente
atentos aos estímulos que os ajudem a perceber essa diferença.
Para além disso, a própria estrutura do sono varia ao longo da noite. De uma forma simples, o
sono “profundo” localiza-se mais na primeira metade do sono, sendo que a parte terminal da
noite comporta uma maior proporção do chamado sono “leve”.
Por fim, importa também perceber que a hora de adormecer implica sempre (ou quase
sempre) uma separação das pessoas mais importantes (os pais), sendo que o acordar implica
sempre essa reunião novamente. E isso vai estimular as crianças a querer usufruir também
desses momentos.
Posto isto, é fácil de perceber que, com o sono mais leve com a chegada da manhã, associado
a uma maior atenção aos estímulos (particularmente luminosos e sonoros) e ao desejo de
reencontrar os pais, está tudo conjugado para acontecer o que se vê na prática: as crianças,
geralmente, acordam cedo…
Sendo assim, é importante perceber que todos nós estamos mais programados pela hora de
acordar do que de adormecer, o que significa que, mesmo que nos deitemos mais tarde,
habitualmente acordamos quase sempre à mesma hora. E, se o sono é tão importante, isto vai
ter, claramente, uma implicação prática fundamental: devemos sempre adequar a hora de
deitar da criança, para que ela possa ter um sono adequado e reparador!