O sangue do cordão umbilical é enriquecido em células estaminais hematopoiéticas. Estas células são capazes de originar todos os tipos de glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas. Assim, o sangue do cordão umbilical, à semelhança da medula óssea, pode ser usado no tratamento de doenças do foro hemato oncológico, em doenças como leucemias, linfomas, alguns tipos de anemias, entre outras, quando é necessário reconstituir o sistema sanguíneo e imunitário dos doentes. Além disso, pela diversidade celular que é possível encontrar nesta fonte de células estaminais, o sangue do cordão umbilical está a ser testado, no âmbito de ensaios clínicos, noutras áreas, em crianças e em adultos, nomeadamente em doenças do foro neurológico (como autismo, paralisia cerebral e AVC).
O tecido do cordão umbilical é enriquecido noutro tipo de células, as células estaminais mesenquimais. Estas têm a capacidade de se diferenciar em células do tecido adiposo, do osso, ou da cartilagem, entre outros, sendo ainda capazes de regular a atividade do sistema imunitário. Deste modo, as células estaminais mensenquimais podem ser úteis no tratamento de doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla, assim como no contexto da transplantação como complementares das células estaminais hematopoiéticas.
MAIS DE 45.000 TRATAMENTOS REALIZADOS COM CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL
Atualmente, o sangue do cordão umbilical é utilizado no tratamento de mais de 80 doenças, nomeadamente em doenças do foro hemato-oncológico, em doenças como leucemias, linfomas, alguns tipos de anemias, mas também em doenças metabólicas e imunodeficiências, sendo já mais de 45.000 os transplantes realizados em todo o mundo (em adultos e em crianças) com recurso a esta fonte de células estaminais. O sangue do cordão umbilical é considerado uma fonte alternativa à medula óssea no contexto da transplantação hematopoiética.
No que respeita às células estaminais mesenquimais, apesar da sua utilização ser ainda experimental, temos assistido a uma aplicação cada vez maior destas células, nomeadamente em doenças com envolvimento do sistema imunitário.
ARMAZENAMENTO DAS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL POR 25 ANOS
É possível armazenar as células estaminais do cordão umbilical durante longos períodos, através da criopreservação, que consiste na conservação de células a temperaturas negativas (muito baixas), para que, quando descongeladas, possam prosseguir a sua atividade normal. No laboratório, para se conseguir este tipo de preservação é necessária a utilização de um agente crioprotetor. Este agente é adicionado após o processamento inicial das amostras (quer de sangue quer de tecido de cordão umbilical). Depois desta adição, as amostras (enriquecidas em células estaminais) são inicialmente sujeitas a um arrefecimento gradual (até 150ºC negativos) e, depois, são colocadas em contentores abastecidos por azoto líquido, a uma temperatura de cerca de 190ºC negativos, aí permanecendo até serem necessárias.
Este processo é extremamente útil pois, dado que as células do sangue e do tecido do cordão umbilical podem ser criopreservadas e armazenadas durante anos sem perda significativa de viabilidade, permite que estejam imediatamente disponíveis em caso de necessidade.
TRATAMENTOS REALIZADOS COM CÉLULAS ESTAMINAIS GUARDADAS NO PRIMEIRO BANCO FAMILIAR PORTUGUÊS
O maior Grupo Europeu na área das células estaminais, o qual a Crioestaminal integra, já contribuiu para o tratamento de 99 crianças com células estaminais do sangue do cordão umbilical, 10 das quais, crianças portuguesas, que foram tratadas no âmbito de diferentes doenças, como a imunodeficiência combinada severa, a anemia aplástica grave, a paralisia cerebral e o autismo. Estes tratamentos foram realizados em Portugale no estrangeiro.
GUARDAR OU DOAR AS CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL
A Crioestaminal apresenta condições que permitem que todas as famílias portuguesas possam guardar este bem único
Os futuros pais podem optar por guardar as células estaminais do cordão umbilical para a sua família através de pagamentos anuais, pagando no ano do nascimento do bebé apenas a adesão ao serviço e o primeiro pagamento anual.
Caso optem por não guardar este bem único para a sua família, podem doar a amostra de células estaminais do seu bebé para investigação à Crioestaminal, para que continue a desenvolver projetos de Investigação e Desenvolvimento, de modo a contribuir para o avanço da ciência e da medicina, com a produção de medicamentos para doenças atualmente sem tratamento, sendo que esta opção não representa qualquer custo
Os tratamentos com células estaminais são uma realidade, é importante não as desperdiçar.